Alimentação natural e consumo consciente. São esses os principais fatores que levam o brasiliense a buscar os alimentos orgânicos. Frutas e verduras são produzidas sem a utilização agrotóxicos, e carnes e leite não contêm resíduos químicos. O resultado é percebido no sabor e na saúde, segundo relatos de quem fez a escolha. Em Brasília, a produção, de 6,9 mil toneladas por ano, pode ser encontrada em 120 pontos de venda e 37 feiras, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). A estimativa do órgão é de que 40 mil pessoas consumam os orgânicos com frequência e 120 mil, eventualmente.
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Desde que passou a priorizar os orgânicos, há uma década, Cristian Jesus dos Santos, 39 anos, diz não adoecer mais. ;Não pego nem gripe;, garante. O contato do advogado com os produtos dessa linha se intensificou a partir da convivência com o sogro. ;Ele é engenheiro agrônomo e conversamos muito sobre o tema;, conta. Para Santos, a opção tem a ver também com um projeto de vida. ;É um investimento a longo prazo na saúde. É preciso se adaptar, entender que alguns produtos não ficam disponíveis o ano todo, mas é uma decisão que vale a pena;, afirma. Segundo ele, o mercado de Brasília pode crescer. ;Tenho percebido uma procura maior de uns tempos para cá. Já melhorou muito e temos uma boa variedade de frutas e verduras. Hoje, é possível ter boa parte das compras com orgânicos, porém dá para melhorar mais;, avalia.
O custo do alimento sem agrotóxicos é, em geral, superior ao convencional, em razão da forma como é obtido. Isso porque é cultivado em propriedades familiares, em que a harmonia com a natureza é a regra primordial. Entre os preceitos, está a observância da sazonalidade de cada lavoura. Ou seja, somente se produz aquilo que é da estação. Na agricultura tradicional, a produção é mantida durante todo o ano, por meio do controle químico, como inseticidas e adubos químicos. Na cultura orgânica, o controle de pragas se dá por predadores naturais.
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