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'O documento de uma vida', diz mãe sobre livro 'O caso de Pedrinho'

Durante o lançamento da versão impressa do livro O caso Pedrinho, do repórter do Correio Renato Alves, os pais do rapaz consideraram o relato como o desfecho de uma história com final feliz. Hoje, o filho do casal tem 29 anos e mora em Brasília


O repórter do Correio Braziliense Renato Alves lançou ontem, na Livraria Cultura do Casapark, o livro-reportagem O Caso Pedrinho ; A emocionante história dos pais em busca do filho desaparecido. Nele, o jornalista conta, com riqueza de detalhes, a busca dos pais por Pedro Rosalino Braule Pinto, levado da maternidade do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, em janeiro de 1986. A obra foi lançada com a presença da mãe de Pedro, Maria Auxiliadora Braule Pinto, a Lia, 61 anos, e do pai, Jayro Braule Pinto, 62. Hoje com 29 anos, Pedrinho vive em Brasília e já constituiu família. Apesar de não ser uma biografia autorizada e de nenhum dos protagonistas ter tido acesso prévio à publicação, todos aprovaram o resultado.

A família leu a versão digital do livro, lançada em e-book em outubro do ano passado, e considerou que o autor foi fiel aos fatos. Jayro avaliou o lançamento como um desfecho para uma história cheia de reviravoltas. ;Para mim, esse é o fecho da história. Gostei muito do livro, que aborda um choque policial do caso que o Renato conhece muito mais do que eu;, disse. Para Lia, é ;o documento de uma vida;. ;É mais que um livro, é um registro;, afirmou. Ela se lembrou do livro que escreveu e lançou quando o filho ainda estava desaparecido. ;Eu tinha esperança que aquele livro fosse trazer o Pedro. Hoje, vejo quão distantes as coisas estavam e como tudo foi diferente. Esse, para mim, é o fim. É um livro sem apelo sentimental e bem fiel.;

A apuração do caso ; que teve início em 1986, quando, se passando por uma enfermeira, Vilma Martins Costa tirou Pedro dos braços de Lia na maternidade ; ganhou fôlego em 2002. Na época, Renato Alves recebeu um telefonema anônimo de um delegado da Polícia Civil do DF, queixando-se das coberturas jornalísticas negativas para a corporação. É durante a misteriosa conversa que a fonte dá ao repórter do Correio informações sobre o paradeiro do garoto desaparecido há 16 anos. No dia seguinte, a Polícia Civil convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que agentes do Departamento de Atividades Especiais (Depate) sabiam onde estava Pedrinho.

Colaborou Guilherme Pera

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