postado em 09/03/2015 06:15
Depósitos públicos e privados do DF estão cheios de objetos abandonados. São carros, joias, móveis, documentos e itens inusitados, como vibradores, cadeiras de rodas e até caixões. Muitos são fruto de simples perdas, estão em perfeito estado de conservação e podem ser recuperados em até 60 dias. Outros, apreendidos pela Justiça, ficam em poder do Estado. Em alguns casos, os donos não vão atrás desses valores nem depois de resolver as pendengas.
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) quer leiloar as velharias e aproveitar os rendimentos em benefício da estatal. Entre os 5,5 mil veículos que estão ;morando; no depósito da Asa Norte, encontram-se um Porsche Cayenne, vários exemplares de Mercedes-Benz e outras tantas BMWs. Os carros estão lá por conta de multas, apreensões e ordens judiciais.
Um Mustang ano 1969, raro no mercado, amolece o coração do diretor de Segurança no Trânsito, Silvain Fonseca. O veículo foi alvo de fraude, em 2004, e, desde então, permanece no local. ;O dono do veículo morreu. Então, os herdeiros deram um jeito de vendê-lo, mas a Justiça impediu. Depois, ninguém voltou para procurar;, disse. De acordo com ele, todo ano, são apreendidos cerca de 22 mil veículos em todo o Distrito Federal. Aproximadamente 20% dos que vão parar na garagem permanecem lá para sempre.
Para Silvain, a solução é vender o que foi abandonado. ;Não dá para ficar com esse tanto de carro estragando aqui. Queremos que a Justiça libere a venda de tudo. O que for arrecadado poderá ser depositado em uma conta judicial em benefício do Detran;, comentou. Geralmente, os carros que ficam retidos no depósito estão com alguma restrição com a Justiça ou são produtos de furto e abandono. Por lá, já passaram Maseratis, Ferraris e Lamborghinis, carros que não custam menos de R$ 500 mil.
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