Isa Stacciarini
postado em 26/02/2015 19:35
O Ministério da Educação demitiu o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mulholland das ativiades realizadas na instituição de ensino superior. A decisão, publicada nesta quinta-feira (26/2), no Diário Oficial da União (DOU), impossibilita o ex-servidor de assumir qualquer cargo público pelos próximos cinco anos. Timothy e outros seis sofreram punições pelo escandalo de 2008, que envolvia aplicação irregular de dinheiro público. O ex-reitor, por exemplo, teria gasto quase R$ 500 mil para comprar um carro e mobiliar um apartamento funcional de 400 m;, onde morou com a família. O dinheiro teria vindo da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). O caso ficou famoso pelo valor da lixeira encontrada no apartamento do ex-reitor: R$ 900. Entre os motios para a demissão estão as acusações de improbidade administrativa; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares, entre outros.
Os servidores Alexandre Lima, Antonio Carlos Ferreira de Souza Leal, Maria Heldaiva Bezerra Pinheiro, Gilberto Tristão, Erico Paulo Siegmar Weidle e Manoel Mendes de Oliveira também sofreram sanções como a cassação de aposentadoria.
Na época em que o escândalo ocorreu, alunos da UnB ocuparam a reitoria exigindo a saída de Timothy. O ex-reitor chegou a dizer que não sairia por ter sido eleito democraticamente, mas poucos dias depois pediu afastamento de 60 dias do cargo. Em seguida, renunciou. O caso é usado ainda nos dias atuais como motivo de rivalidade e críticas durantes eleições dentro da Universidade de Brasília. Durante os pleitos para mudança de reitor e para escolha dos representantes dos estudantes, toda tentativa de depreciar uma chapa ou candidato é feita ao relacionar os candidatos com a gestão de Timothy.