Jornal Correio Braziliense

Cidades

Lixeiras são cada vez mais raras em Brasília, e as que têm estão estragadas

Serviço de Limpeza Urbana (SLU) não tem dados sobre a quantidade desses itens. Edital de licitação prevê a compra de 23 mil unidades

Em Brasília, quem precisa de uma lixeira tem dificuldades para encontrar alguma em condições de uso. O Correio percorreu o Plano Piloto e constatou que muitas estão furadas e amassadas. Algumas nem existem mais, pois foram arrancadas. O Serviço de Limpeza Urbana não tem dados sobre o número de unidades, tampouco o índice de perdas no Distrito Federal. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que a partir deste ano passou a cuidar do setor, ainda não fez nenhum tipo de levantamento. O órgão afirma que, desde 2014, existe um edital de licitação para a compra de 23 mil lixeiras sendo analisado.

Na Quadra 103 da Asa Sul, os moradores enfrentam diariamente o problema das lixeiras estragadas. Por lá, os dejetos se espalham com o vento e alguns sujões, vendo que a lata está furada, jogam o lixo na cobertura do ponto de ônibus. ;Os funcionários têm que subir e limpar. Os condôminos se incomodam com a visão. O governo deveria ter mais atenção pelo menos com as lixeiras da cidade, não é justo com o cidadão;, reclama a zeladora do Bloco I, Maria Bernadete Martins. Os taxistas da região confirmam a situação. ;Fica tudo sujo, todos reclamam. É muito raro ver uma lixeira que esteja boa;, afirma Marlito Braga de Melo, que há cinco anos trabalha na Asa Sul.

Os olhares de reprovação partem de todos que passam por elas. O servidor público Carlos Angelin, 40 anos, mora na 310 Sul e conta que a situação também se repete na quadra. ;Quem caminha por aqui sabe disso. Não é uma situação nova, há muito tempo que essas lixeiras estão assim;, diz. Para ele, o governo deveria apostar em materiais mais resistentes. ;O PVC seria uma alternativa mais funcional. Em condomínios, por exemplo, antes as perdas com contêineres de metal eram grandes. Agora que vários foram substituídos, esse dano não existe mais;, afirma.

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