Após quase sete horas de reunião entre representantes do governo e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), as famílias que ocupam seis áreas do Distrito Federal se comprometeram a deixar os terrenos até as 18h de hoje. Do total de seis reivindicações, a categoria conseguiu negociar a maioria delas com o Executivo local. As mais polêmicas envolviam o benefício excepcional no valor de R$ 600 para pagamento de aluguel concedidos a famílias em condição de vulnerabilidade social; e a concessão de um terreno da Terracap para assentamento dos integrantes do movimento.
Ao todo 2,6 mil pessoas estão alojadas nas regiões de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Recanto das Emas e Samambaia, segundo o MTST. Durante a negociação, o grupo conseguiu prioridade para o cadastro das famílias no programa social que garante o benefício excepcional concedido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social (Sedest). No entanto, a oferta de um terreno por parte da Terracap a ser destinado ao MTST gerou embate. Isso porque as áreas só podem ser liberadas por meio de licitação ou destinação direta para o governo, com o objetivo de construção de programas habitacionais.
Segundo o diretor imobiliário da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), Jorge Gutierrez, a Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth) tem feito um trabalho de planejamento habitacional do DF e proposto uma revisão dos programas. ;A Segeth vai trazer uma proposta de melhoria dos programas. Estamos fazendo estudos técnicos para que o DF pare de crescer desordenadamente;, ressaltou. O MTST também se comprometeu a apresentar à Codhab, em 15 dias, uma proposta de novo plano habitacional que atenda às demandas do movimento.
Entre as exigências dos sem-teto, também está o destravamento do edital da Nova Planaltina (n; 08/2014) para 92 famílias. A Codhab disse que a empresa GM Engenharia venceu o processo para construção das unidades habitacionais e, em agosto de 2014, apresentou um projeto urbanístico. Uma comissão foi criada para análise do plano, mas não houve data para que isso acontecesse.
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