Jornal Correio Braziliense

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Um mês depois de queda de monomotor, cenário de destruição é o mesmo

Casal dono da residência destruída no acidente que matou duas pessoas em Luziânia (GO) perdeu tudo



Na semana passada, a idosa aceitou voltar ao imóvel, acompanhada do Correio. No lugar dos móveis e dos retratos de família ; retirados pelos sobrinhos pela porta dos fundos ;, os cômodos estão cobertos de terra, concreto e pedaços do avião. A sala ficou destruída. ;O que mais dói no meu marido é saber que ele perdeu a única foto que tinha da mãe. O quadro estava pendurado na parede da sala e, hoje, está por aí, perdido embaixo desse entulho;, lamenta, olhando para a destruição. ;Até agora, não cancelei o telefone, pois tenho fé de que vou voltar. Replantar a minha horta...;

Reconstrução
No dia do acidente, em 10 de janeiro, Cornelita passou a tarde visitando amigas. Seguia para casa pouco antes das 19h, mas parou do outro lado da rua para conversar com as vizinhas. Em poucos minutos, ouviu um barulho próximo à cabeça. ;Era o avião passando em cima de mim. Foi só o tempo de olhar para o lado e ver tudo o que eu tinha acabar em poucos segundos;, conta. ;Foi Deus que não deixou eu ir direto para casa. Porque, se eu não tivesse parado para conversar, estaria abrindo o portão ou entrando na sala na hora do acidente.;

Amigos e parentes do piloto João Henrique Baeta contaram que a aeronave tinha seguro obrigatório, o que deve cobrir a reconstrução da casa, mas não souberam informar um prazo para o início das obras. Eduardo Baeta, pai de João Henrique ; morto na queda ;, mantém-se sereno, mas diz que a maior dor é ter perdido um grande amigo. ;Ele estava feliz e fazendo o que gostava. Tinha muita experiência e estava empolgado para comprar o próximo avião;, lembra.

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