Jornal Correio Braziliense

Cidades

Histórias mostram que carnaval também pode ser o início de grandes amores

Casais contam como conheceram seus atuais companheiros, em diferentes folias de Brasília. Entre os anos 1970 e 1980, a AABB era o point da capital


Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), domingo de carnaval, 17 de fevereiro de 1980: “Eu estava em um canto do ginásio e vi uma moreninha, recém-chegada da praia. Os nossos olhares se cruzaram, e eu pensei: vai dar caldo aí”. Assim, começou o próspero casamento de Noraldino Ribeiro de Castro, 60 anos, com Maria das Graças Gravina, 69, em plena folia de carnaval. É uma das várias histórias de amor que engataram na festa mais animada do país.

Casado há 35 anos, Noraldino lembra o tamanco, o short azul e a camiseta amarela de Graça. Ele, com 2m de altura, vestia uma roupa estilo árabe até o chão e um chapelão mexicano. “Na primeira oportunidade que tive, com uma música lenta, eu cheguei já pegando a mão dela e dei a volta no salão”, conta Dino. Envergonhada, Graça apenas comenta: “Ai, meu Deus, tem 200 anos isso! Ele lembra tudo”.

Segundo Dino, quando acabou o baile e todos saíam do salão, ele teve a impressão de que nunca mais a veria. “Mas, aí, eu dei um beijo na boca dela e pensei: É ela! É ela!”. Na terça-feira, último dia de carnaval, os dois combinaram de se encontrar novamente na AABB e, então, o flerte virou namoro. No ano seguinte, o psicólogo que se apresentou como biscateiro e a enfermeira se casavam em outubro.

Na família Gravina, não foi só Graça que começou um longo romance na folia. A irmã, Maria Inez Gravina, 60 anos, conheceu o marido, Marcus Sullivan, 62, cinco anos antes, em 25 de fevereiro de 1975, também na AABB. Inez tinha acabado de chegar a Brasília para estudar, vinda de Ubá (MG), e, com muita relutância — ela queria passar o carnaval na cidade natal, ao lado dos amigos.

No terceiro dia de festa, “eu estava brincando com a Gracinha e outras meninas quando o Marcus apareceu e veio se engraçando para o meu lado”. De bermuda curtinha e apertada, como era moda à época, ele a puxou para dançar. Ela, vestida de cigana, viu logo uma aliança no dedo dele e, na primeira oportunidade, desconversou e voltou para o grupo dela. Insistente, ele convidou Inez para tomar uma cerveja. Mas ela não queria papo com um homem casado e perguntou sobre a aliança. “Isso aqui? Ah, é uma brincadeira”, ele respondeu. Marcus precisou de cinco aproximações para seduzir a mineira. “Aí, sim, brincamos na segunda e na terça”, lembra ele. Em 1979, eles se casaram.

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