Jornal Correio Braziliense

Cidades

Integrantes de escolas de samba do Distrito Federal lamentam 'ano perdido'

Secretário de Turismo promete que, até sexta-feira, sairá a decisão sobre uma possível festa, similar à feita no Taguaparque durante a Copa do Mundo



Nada de alegria, fantasias e paetês. Carnavalescos, presidentes de agremiações e a comunidade simpatizante da festa de Momo tentam esquecer que restam apenas 12 dias para o Carnaval. A falta de recursos do Governo do Distrito Federal desanimou os organizadores da folia. Os barracões das escolas de samba estão vazios. Os funcionários, como costureiras e aderecistas, foram dispensados.

Uma equipe que veio do Rio de Janeiro para ajudar na preparação voltou ontem para casa sem receber o salário de seis meses de trabalho. A expectativa é de que, em 2016, as escolas retornem à avenida. Uma medida paliativa proposta pelo GDF seria a realização de um evento similar ao Fifa Fan Fest, no Taguaparque, em Taguatinga, onde as baterias das agremiações se apresentariam com uma atração. A sugestão não agradou.

O ritmo de trabalho seria intenso nesses dias que antecedem o carnaval. Os aderecistas estariam revisando as fantasias e as costureiras, fazendo os últimos ajustes. O carnavalesco, de olhos atentos, verificaria cada detalhe dos carros alegóricos. Os ritmistas e a comunidade estariam com o enredo na ponta da língua para contagiar o público. Mas o desfile não vai acontecer.

;O desinteresse do governador que saiu e o do que entrou deixou todo mundo desapontado. As escolas estão endividadas, não tem como não estar triste;, disse o presidente da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), Marcio Coutinho. A quadra da Acadêmicos da Asa Norte, no Setor de Clubes, está vazia. Todos os funcionários foram dispensados. ;Foi um ano desastroso. Nós estávamos trabalhando nos carros alegóricos quando o governo bateu o martelo. Ninguém esperava, toda a comunidade está entristecida;, afirma o presidente da agremiação, Robson Farias.

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