Na semana passada, o Correio conversou com várias garotas de programa de luxo que atendem em endereços nobres de Brasília. Segundo elas, os clientes investem altos valores, dão viagens e presentes ; os preferidos são joias, relógios, óculos e sapatos ; em troca de algumas horas de sexo. Elas cobram, no mínimo, R$ 500 a hora. ;Eles não têm problemas em pagar. Quando nos procuram, sabem o nosso valor. E, assim como eles, gostamos de restaurantes e hotéis bons. Eu me visto bem, sei me portar em uma mesa e satisfaço meu cliente. Eu mereço cobrar um valor alto, não acha?;, questionou uma garota de 26 anos, que não quer ter o nome divulgado. Ela faz programas há oito anos e começou porque queria juntar dinheiro. ;Hoje, já tenho uma vida estável. Consigo viajar, trocar de carro e ir a boas festas;, garantiu.
Embora o mercado seja lucrativo e atraente, há um prazo curto de idade para que elas se aposentem ; geralmente até os 30. Por isso, enquanto podem, fazem investimentos imobiliários e bancários. ;Em 10 anos de Brasília, consegui comprar quatro apartamentos. Por enquanto, estou satisfeita em fazer os programas. Vou parar quando puder viver de renda;, contou uma garota de programa, que cobra R$ 600 por uma hora de companhia e uma única relação sexual. A jovem não fala sobre o lucro mensal, mas mora no Sudoeste, cursa administração em uma universidade particular de Brasília, anda com carro do ano e investe firme no corpo e nos estudos. ;Ter assunto se tornou mais rentável do que medidas exageradas;, diz (Leia depoimento).
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