A minissérie da TV Globo Felizes para Sempre? caiu no gosto do brasiliense e tem dominado as rodas de conversas e as redes sociais. Além dos bastidores do poder na capital, a obra revela cenários pouco conhecidos dos brasileiros. Alguns deles fazem parte do cotidiano dos moradores de Brasília, como a Esplanada dos Ministérios, o Lago Paranoá e o Parque da Cidade. Outros, porém, ficam restritos a um público menor. O Correio visitou alguns pontos de locação para desvendar os segredos que têm mexido com o imaginário dos espectadores, como o quarto do hotel Royal Tulip, localizado às margens do Lago Paranoá e ao lado do Palácio da Alvorada.
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A suíte presidencial, que serviu de locação para as cenas bastante comentadas, protagonizadas pelos atores Enrique Díaz e Paolla Oliveira, tem vista privilegiada, 420m;, com direito a sala dividida, banheira de hidromassagem e um serviço de mordomo exclusivo. A diária é salgada: passa dos R$ 13 mil. Por lá, hospedaram-se xeques, príncipes, o presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ex-presidente da França Nicolas Sarcozy.
Para que a minissérie se ambientasse na cidade, foi preciso uma atividade intensa de pesquisa. Fernando Toledo trabalhou, de março a novembro, como produtor de locação em Brasília. Foi ele o responsável por escolher cada cenário. ;Li o roteiro e comecei a imaginar onde a cena poderia acontecer. Depois de escolhido o lugar, o diretor aprovou e fui atrás das autorizações;, contou. Toledo fez outros trabalhos para a emissora e, quando a obra é ambientada na capital, procura mostrar uma cidade diferente da que aparece nos telejornais. ;Tenho sempre a preocupação de revelar a nossa Brasília, que conhecemos e gostamos. Tanto que o Fernando Meirelles ficou encantado com a cidade; não foi à toa.;
Cenas dos capítulos iniciais mostram imagens dos atores em uma rua na W3. A aposentada Adelaide de Sousa Valente, 64 anos, e o advogado Inimá José Valente, 67, abriram as portas de casa, na 703 Sul, para a produção da minissérie. É lá que mora o casal Norma e Dionísio Drumond, interpretados pelos atores Selma Egrei e Perfeito Fortuna. As imagens do lado de dentro, no entanto, foram gravadas em São Paulo. Em outubro, a equipe passou um dia no local para gravar as cenas. ;Eles levaram umas oito horas para fazer tudo e a gente ficava de longe observando. A rua ficou cheia de gente, todo mundo veio ver o que estava acontecendo;, contou Adelaide. Em outra filmagem, também na Asa Sul, o brasiliense reconheceu o tradicional cobogó dos prédios. A cena foi gravada no corredor de um edifício na 107 Sul.
Por onde passou, a produção da minissérie global contou com o apoio dos brasilienses. Um dos personagens principais, Cláudio Drumond, vivido pelo ator Enrique Díaz, aparece praticando esporte no Lago Paranoá. Para a realização das cenas, contou com a ajuda dos instrutores da Escola de Remo do Minas Brasília Tênis Clube. Eles gravaram dentro do galpão, onde ficam os barcos, e no espelho d;água. O ator fez aulas intensivas para aprender um pouco mais sobre a prática. ;Fiquei impressionado com a habilidade e o comprometimento do Enrique. Ele pegou um single skif, barco de competição. Tem gente que leva um ano para aprender;, disse o instrutor Rodrigo Fernandes, 35 anos. Depois da gravação, a equipe teve uma confraternização no clube. Muitos aproveitaram o dia ensolarado para fazer atividades como stand up paddle, inclusive a atriz Paolla Oliveira.
Em casa
Parte da trama se ambienta também no escritório do personagem Cláudio. O local escolhido para as cenas, incluindo as do último capítulo, foi o Centro Internacional de Convenções de Brasil (CICB), espaço de eventos inaugurado em 2013, no Setor de Clubes Sul. A produção usou a fachada do prédio, mas fez algumas modificações. ;Eles fecharam com vidro a parte da entrada, e o escritório funcionava ali. Também construíram uma praça na frente, para completar o cenário;, contou o gerente operacional do espaço, Pablo Fuentes, 48. Lá, a produção se sentiu em casa, segundo o coordenador comercial Paulo Antônio, 32. ;Eles disseram que lembra muito o Projac, pelo espaço que temos.;
Em outra cena, as personagens de Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido aparecem no restaurante Universal Diner, da chef Mara Alcamim. A equipe de produção passou um dia inteiro no local, que ficou fechado para os clientes. Pratos do cardápio, como saladas e camarões com risoto de morangos, fizeram parte da gravação. ;Eles pegaram a parte de cima do restaurante e usaram tudo nosso: louça, talheres. Foi uma superprodução. Na rua em frente, estavam estacionados uns 10 caminhões, eram mais de 100 pessoas envolvidas;, comentou Mara. Ela contou ainda que a comemoração pelo fim dos trabalhos também foi lá. ;Eles gostaram bastante, vinham quase toda quinta e sexta para jantar.; Essa foi a primeira vez que a chefe viu e participou de uma produção como essa.
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A suíte presidencial, que serviu de locação para as cenas bastante comentadas, protagonizadas pelos atores Enrique Díaz e Paolla Oliveira, tem vista privilegiada, 420m;, com direito a sala dividida, banheira de hidromassagem e um serviço de mordomo exclusivo. A diária é salgada: passa dos R$ 13 mil. Por lá, hospedaram-se xeques, príncipes, o presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ex-presidente da França Nicolas Sarcozy.
Para que a minissérie se ambientasse na cidade, foi preciso uma atividade intensa de pesquisa. Fernando Toledo trabalhou, de março a novembro, como produtor de locação em Brasília. Foi ele o responsável por escolher cada cenário. ;Li o roteiro e comecei a imaginar onde a cena poderia acontecer. Depois de escolhido o lugar, o diretor aprovou e fui atrás das autorizações;, contou. Toledo fez outros trabalhos para a emissora e, quando a obra é ambientada na capital, procura mostrar uma cidade diferente da que aparece nos telejornais. ;Tenho sempre a preocupação de revelar a nossa Brasília, que conhecemos e gostamos. Tanto que o Fernando Meirelles ficou encantado com a cidade; não foi à toa.;
Cenas dos capítulos iniciais mostram imagens dos atores em uma rua na W3. A aposentada Adelaide de Sousa Valente, 64 anos, e o advogado Inimá José Valente, 67, abriram as portas de casa, na 703 Sul, para a produção da minissérie. É lá que mora o casal Norma e Dionísio Drumond, interpretados pelos atores Selma Egrei e Perfeito Fortuna. As imagens do lado de dentro, no entanto, foram gravadas em São Paulo. Em outubro, a equipe passou um dia no local para gravar as cenas. ;Eles levaram umas oito horas para fazer tudo e a gente ficava de longe observando. A rua ficou cheia de gente, todo mundo veio ver o que estava acontecendo;, contou Adelaide. Em outra filmagem, também na Asa Sul, o brasiliense reconheceu o tradicional cobogó dos prédios. A cena foi gravada no corredor de um edifício na 107 Sul.
Por onde passou, a produção da minissérie global contou com o apoio dos brasilienses. Um dos personagens principais, Cláudio Drumond, vivido pelo ator Enrique Díaz, aparece praticando esporte no Lago Paranoá. Para a realização das cenas, contou com a ajuda dos instrutores da Escola de Remo do Minas Brasília Tênis Clube. Eles gravaram dentro do galpão, onde ficam os barcos, e no espelho d;água. O ator fez aulas intensivas para aprender um pouco mais sobre a prática. ;Fiquei impressionado com a habilidade e o comprometimento do Enrique. Ele pegou um single skif, barco de competição. Tem gente que leva um ano para aprender;, disse o instrutor Rodrigo Fernandes, 35 anos. Depois da gravação, a equipe teve uma confraternização no clube. Muitos aproveitaram o dia ensolarado para fazer atividades como stand up paddle, inclusive a atriz Paolla Oliveira.
Em casa
Parte da trama se ambienta também no escritório do personagem Cláudio. O local escolhido para as cenas, incluindo as do último capítulo, foi o Centro Internacional de Convenções de Brasil (CICB), espaço de eventos inaugurado em 2013, no Setor de Clubes Sul. A produção usou a fachada do prédio, mas fez algumas modificações. ;Eles fecharam com vidro a parte da entrada, e o escritório funcionava ali. Também construíram uma praça na frente, para completar o cenário;, contou o gerente operacional do espaço, Pablo Fuentes, 48. Lá, a produção se sentiu em casa, segundo o coordenador comercial Paulo Antônio, 32. ;Eles disseram que lembra muito o Projac, pelo espaço que temos.;
Em outra cena, as personagens de Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido aparecem no restaurante Universal Diner, da chef Mara Alcamim. A equipe de produção passou um dia inteiro no local, que ficou fechado para os clientes. Pratos do cardápio, como saladas e camarões com risoto de morangos, fizeram parte da gravação. ;Eles pegaram a parte de cima do restaurante e usaram tudo nosso: louça, talheres. Foi uma superprodução. Na rua em frente, estavam estacionados uns 10 caminhões, eram mais de 100 pessoas envolvidas;, comentou Mara. Ela contou ainda que a comemoração pelo fim dos trabalhos também foi lá. ;Eles gostaram bastante, vinham quase toda quinta e sexta para jantar.; Essa foi a primeira vez que a chefe viu e participou de uma produção como essa.