Uma parte da história musical do país permanece guardada em caixas e pastas sob o risco de se perderem. O acervo da obra do maestro Claudio Santoro, morto em 1989, está na casa da viúva, a coreógrafa e musicista Gis;le Santoro, armazenado sob o sofá e o piano em que o artista desenvolvia seu trabalho. Além dos originais de sinfonias e prelúdios, as fitas magnéticas do trabalho dele em eletroacústica, projeto desenvolvido durante o exílio, na Alemanha, podem se perder sem que tenham nem sequer sido catalogados.
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Os documentos são também a única referência para que se faça a correção das versões executadas em orquestras e apresentações. É comum que as cópias venham com adaptações e indicações que não condizem com o que o maestro compôs. ;Quem se ocupa, atualmente, de registrar o original e fazer as correções no que foi impresso é meu filho. É ele que se debruça sobre a obra do pai e percebe quando a partitura tem erros. Se ele vê uma cópia, consegue identificar se tem algo que o Claudio nunca faria;, conta Gis;le. Segundo ela, o material arquivado é vasto e há muitos trabalhos inéditos. ;O Claudio era assim: estava trabalhando em uma sinfonia, aí tinha uma ideia para um prelúdio para piano e escrevia em uma página ao lado. Quando visitamos o material, não é raro descobrir mais coisa. Precisamos de alguém que se interesse por estudar isso. É algo para uma tese de doutorado.;
A valorização da produção nacional é outro ponto destacado por Gis;le na defesa da preservação do acervo. ;Se a música não é executada, ela se perde com o tempo. Acho trágico tudo isso; pois, pense o que seria da música alemã se ninguém tivesse se preocupado em preservar os originais de Beethoven, Bach?;, questiona.
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A valorização da produção nacional é outro ponto destacado por Gis;le na defesa da preservação do acervo. ;Se a música não é executada, ela se perde com o tempo. Acho trágico tudo isso; pois, pense o que seria da música alemã se ninguém tivesse se preocupado em preservar os originais de Beethoven, Bach?;, questiona.
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