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Auditoria da Controladoria-Geral revela a farra dos cachês na gestão Agnelo

Levantamento da Controladoria-Geral do DF mostra que pelo menos 456 eventos musicais entre 2011 e 2013 tiveram problemas, como pagamentos superfaturados e empresas inexistentes. Secretário de Cultura à época disse que não teve acesso ao relatório



Nomes de expressão nacional são citados no levantamento, que aponta grandes variações nos valores dos cachês. O sambista Arlindo Cruz, por exemplo, foi contratado, em março de 2011, por R$ 84 mil e, em dezembro, por R$ 215 mil. A Day 1 Entertainment, que representa o artista, limitou-se a dizer que não tem conhecimento do caso. Alceu Valença apresentou-se por R$ 40 mil em setembro de 2011, mas, no mês anterior, consta do Portal da Transparência um cachê R$ 90 mil para ele.

Em 2011, o rapper Gog foi chamado pela Secretaria de Cultura para cinco shows. Quatro deles custaram, em média, R$ 15 mil, enquanto a outra apresentação saiu por R$ 100 mil. Em entrevista ao Correio, o cantor diz que nunca recebeu cachê neste valor. Segundo ele, o que pode ter ocorrido é terem incluído na mesma nota pagamentos como estrutura e pessoal. Estranho, segundo a controladoria, também é o valor pago à banda do DF Tropa de Elite, que recebia cerca de R$ 12 mil por espetáculo, e ganhou R$ 300 mil por um show em 9 de setembro de 2011.

Outros grupos nacionais se enquadram no que o órgão de fiscalização verificou como ;projeto básico direcionado para contratação de artistista específico;. Isso quer dizer que, como a maioria das escolhas dos cantores era feita via dispensa de licitação, para ser contratado, o músico tinha de atender a diversos critérios, que eram, supostamente, combinados de forma prévia. Nesse caso, há referências a bandas como Fundo de Quintal e Calypso.

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Veja a reportagem da TV Brasília:
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