O servidor chegou na recepção durante a realização de uma entrevista coletiva sobre o julgamento da proposta do Governo do DF de parcelar salários. Mas o protesto não tinha nada a ver com isso. Mesmo com a presença de vários policiais militares, Jesseú não se conteve e foi tirando a roupa. Só depois da intervenção dos PMs foi que ele aceitou se vestir. Mas nem chegou a ser detido.
O homem contou que, desde 2011, alguns funcionários do Detran, mais privilegiados, estariam cumprindo apenas metade da carga horária obrigatória, enquanto os demais são obrigados a trabalhar as 40 horas. A reclamação teria sido formalizada junto ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Por esse motivo, Jesseú diz estar respondendo a dois Procedimentos Admininistrativo-Disciplinares (PADs).
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"Estou sendo perseguido dentro do órgão. Dizem que sou um traidor, sendo que só quero que as pessoas trabalhem", desabafou. Jesseú é trabalhador do órgão há cinco anos. O servidor do Detran disse, ainda, ter escolhido o momento de uma coletiva de imprensa para tirar a roupa, pois sabia que, assim, haveria jornalistas no local e a história repercutiria. "Só tirei a roupa, não agredi nem xinguei ninguém", reclamou.