Em 1970, Rajá encontrou um lar. Ele se instalou na famosa Boca do Lixo, região no centro histórico de São Paulo em que se vivia e respirava o cinema. ;Às 17h, todos se reuniam no boteco e trocavam ideias. Brasileiro adora jogar conversa fora;, brinca. Na opinião do escritor, um local como a Boca do Lixo, com todo o clima underground, falta hoje no cinema brasileiro. Foi lá que o cineasta e roteirista conheceu nomes de importância da área, como Amácio Mazzaropi. Um ano depois, ele contou que o diretor de fotografia dos filmes de Mazzaropi o convidou para trabalhar com eles. ;Precisavam de um apoio intelectual e, como eu escrevia para um jornal, chamaram-me. Nunca corri atrás de trabalho;, afirma.
Nos relatos de Rajá, pode faltar a voz firme, resultado de um acidente vascular cerebral hemorrágico que teve em 2006 e que paralisou o lado esquerdo. Mas sobra a riqueza de detalhes da época, dos filmes que participou e dos amigos. Transborda também a experiência. Aos novos companheiros de profissão, o escritor faz um alerta. ;A criação vem acima de tudo. Tem que se atirar de peito na história. É um pulo no escuro. Essa é a real aventura.;
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