O que fazer quando dormir, assistir à televisão ou até mesmo conversar se tornam tarefas difíceis? Ser obrigado a conviver com vizinhos barulhentos tem se tornado rotina para muitos brasilienses. O pior é quando a perturbação atinge níveis insuportáveis e o síndico ou a fiscalização não tomam providências. De acordo com números do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a cidade está cada vez mais barulhenta. No ano passado, pelo menos 634 pessoas reclamaram o excesso de ruídos. O relatório final com os números, porém, ainda não foi fechado e deve superar as 690 denúncias de 2013. Para se ter ideia do crescimento, em 2012, houve 547 reclamações.
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A poluição sonora é a campeã de denúncias recebidas pelo Ibram, com cerca de 70% da demanda. Os dados mais recentes do órgão apontam Brasília (asas Norte e Sul), Taguatinga e Ceilândia como as regiões administrativas com maior número de queixas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), decibéis (dB) muito acima do tolerável ocupam hoje o terceiro lugar no ranking de problemas ambientais que mais afetam populações do mundo inteiro. A OMS considera todo e qualquer som que ultrapasse 55dB nocivo à saúde.
Na SQN 214, um ex-morador do Bloco A tirou, durante muito tempo, o sossego dos condôminos e virou caso de polícia. A fonte do barulho era uma motocicleta com o escapamento modificado. O empresário Marco Antônio Ciciliati lembra que não tinha hora para o estrondo, mas que, normalmente, o incômodo ocorria durante a madrugada. Ele fez vários registros do ruído. ;Depois de inúmeras tentativas de conversa, a saída foi registrar ocorrências na delegacia. Só eu registrei duas, fora as dos outros moradores;, conta.
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