Jornal Correio Braziliense

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Médicos da rede pública do Distrito Federal entram em greve nesta sexta

Após assembleia, categoria decidiu paralisar as atividades. Proposta do governo de parcelar os salários foi o principal ponto para decisão

Os médicos da rede pública de saúde do Distrito Federal entram em greve a partir das 7h desta sexta-feira (16/1). No auditório do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico), localizado na 607 Sul, 136 profissionais da área estiveram reunidos na noite desta quinta (15/1) e, apesar da divisão entre a categoria, votaram iniciar a paralisação. Apenas pronto-socorro, internações e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) continuarão em funcionamento.

[SAIBAMAIS]A proposta do governo em parcelar os salários dos servidores até outubro, anunciada mais cedo nesta quinta, foi decisiva para o início do movimento. Eles estão sem receber o 13; salário, horas-extras de outubro, novembro e dezembro e férias. Os enfermeiros, em outra assembleia, decidiram iniciar um indicativo de greve até 2 de fevereiro.

De acordo com a medida proposta pelo GDF, os servidores que recebem salário de até R$ 9 mil terão o valor depositado até o quinto dia útil do mês. Já os que ganham acima desse montante e sem ultrapassar os R$ 11 mil, receberão a diferença de R$ 2 mil do dia 15 de cada mês. A situação atinge a maioria dos médicos.

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A medida anunciada pelo governo foi considerada arbitrária pela maior parte da categoria. Outros problemas, como a falta de medicamentos, de equipamentos e de recursos, foram levados em conta para a decisão. "A partir de amanhã (sexta), os médicos vão atender nos prontos-socorros, internações e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva)", afirmou Gutemberg Fialho, presidente do Sindmédico.

Os enfermeiros, por sua vez, vão encaminhar um documento para o governo reafirmando o estado de greve. ;Estamos dando um prazo ao governo para que ele reduza o tempo desse calendário de pagamento. Entendemos que existem contas a pagar, mas precisamos de um prazo para que esse modelo termine. O pagamento dos benefícios também não pode ser em seis meses, mas em três;, ressaltou Úrsula Morelo, diretora do sindicato dos enfermeiros.