Os movimentos em favor da comunidade LGBT, que haviam comemorado a criação da Subsecretaria para Assuntos de Pessoas LGBT, reprovaram a extinção da pasta e organizam manifestação para a próxima semana. A Subsecretaria foi extinta pelo governador Rodrigo Rollemberg, que atendeu ao pedido da bancada religiosa da Câmara Legislativa. O Diário Oficial desta sexta-feira (9/1) oficializou a reestruturação da pasta de Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e extinguiu oito subsecretarias ; agora elas terão status de coordenação.
Flávio Brebis (PSB), candidato derrotado a deputado federal, se mantém como chefe da área, que passará a ser chamada de Coordenadoria de Promoção de Direitos da Diversidade. Representantes da comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) aprovam o nome de Brebis para o comando, mas receberam a notícia sobre a mudança com indignação.
A presidente do Grupo Elos LGBT, Lenne Evangelista, acredita que uma subsecretaria traria mais força para as reivindicações da categoria do que uma coordenação. ;Mais uma vez, o governo se sujeitou, abaixou a cabeça para os fundamentalistas. No DF, existe sim homofobia. Vemos casos graves acontecerem. Acredito que uma coordenação não vai ter força para dar prosseguimento às demandas;, lamenta Lenne.
Para ela, o governador, Rodrigo Rollemberg, repetiu o episódio protagonizado pelo ex-governador Agnelo Queiroz em maio de 2013. Na ocasião, o chefe do Executivo sancionou a Lei n; 2.615/2000, que regulamentava a penalização de estabelecimentos que discriminassem LGBTs no DF e, no mesmo dia, cedendo a pressões, revogou o decreto. ;Existiam um conselho e uma coordenação LGBT no governo passado. Cheguei a trabalhar lá, era dentro da Secretaria de Justiça. As coisas não andavam, não conseguíamos aprovar muitas demandas. Com uma subsecretaria, poderia ser diferente;, completou.
Retrocesso
O coordenador de Comunicação da Rede Afro LGBT, Daniel Costa, enfatizou que a maior preocupação não é com a mudança de status da subsecretaria, mas com o posicionamento adotado pela bancada religiosa sobre as pautas LGBT. ;Nós temos que andar para frente, e não retroceder. Nosso maior receio é que se a bancada evangélica pode direcionar o que quer, obviamente, as políticas que nos favorecem serão vetadas. O maior medo é que a lei que criminaliza a homofobia não volte à pauta;, disse. Os dois grupos organizam manifestações na Câmara Legislativa. Ainda estão em processo de negociação sobre a data. A Rede Afro LGBT enviou um ofício para o gabinete de Rollemberg pedindo uma audiência para que não haja retrocesso nas reivindicações LGBT.
Flávio Brebis (PSB), candidato derrotado a deputado federal, se mantém como chefe da área, que passará a ser chamada de Coordenadoria de Promoção de Direitos da Diversidade. Representantes da comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) aprovam o nome de Brebis para o comando, mas receberam a notícia sobre a mudança com indignação.
A presidente do Grupo Elos LGBT, Lenne Evangelista, acredita que uma subsecretaria traria mais força para as reivindicações da categoria do que uma coordenação. ;Mais uma vez, o governo se sujeitou, abaixou a cabeça para os fundamentalistas. No DF, existe sim homofobia. Vemos casos graves acontecerem. Acredito que uma coordenação não vai ter força para dar prosseguimento às demandas;, lamenta Lenne.
Para ela, o governador, Rodrigo Rollemberg, repetiu o episódio protagonizado pelo ex-governador Agnelo Queiroz em maio de 2013. Na ocasião, o chefe do Executivo sancionou a Lei n; 2.615/2000, que regulamentava a penalização de estabelecimentos que discriminassem LGBTs no DF e, no mesmo dia, cedendo a pressões, revogou o decreto. ;Existiam um conselho e uma coordenação LGBT no governo passado. Cheguei a trabalhar lá, era dentro da Secretaria de Justiça. As coisas não andavam, não conseguíamos aprovar muitas demandas. Com uma subsecretaria, poderia ser diferente;, completou.
Retrocesso
O coordenador de Comunicação da Rede Afro LGBT, Daniel Costa, enfatizou que a maior preocupação não é com a mudança de status da subsecretaria, mas com o posicionamento adotado pela bancada religiosa sobre as pautas LGBT. ;Nós temos que andar para frente, e não retroceder. Nosso maior receio é que se a bancada evangélica pode direcionar o que quer, obviamente, as políticas que nos favorecem serão vetadas. O maior medo é que a lei que criminaliza a homofobia não volte à pauta;, disse. Os dois grupos organizam manifestações na Câmara Legislativa. Ainda estão em processo de negociação sobre a data. A Rede Afro LGBT enviou um ofício para o gabinete de Rollemberg pedindo uma audiência para que não haja retrocesso nas reivindicações LGBT.