Jornal Correio Braziliense

Cidades

Governador pede compreensão de servidores com salários atrasados

Ontem, professores fecharam o Eixo Monumental, enquanto 104 categorias da Saúde decidiram pela greve


A crise financeira que o Governo do Distrito Federal (GDF) enfrenta neste início de ano segue com reações. Ontem, no fim da manhã, categorias profissionais que cobram pagamento de salários atrasados se manifestaram na área central de Brasília e fecharam o Eixo Monumental durante cerca de cinco horas (leia mais na página 20). E a previsão para o fim de semana não é nem um pouco positiva para a população que depende dos serviços públicos de saúde. Em assembleia geral, ontem pela manhã, trabalhadores de 104 categorias decidiram entrar em greve geral. O posicionamento veio a despeito de o GDF ter se comprometido a pagar hoje os salários do mês de dezembro. Em reunião com sindicalistas, no fim da tarde, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) pediu bom senso.

No encontro com representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (Sindisaúde), no Palácio do Buriti, o governador fez um reconhecimento da dívida passada (atrasados, férias e 13; salários), mas garantiu o pagamento a curto prazo apenas dos salários de dezembro. ;A prioridade é acertar daqui para a frente. O que está para trás, está reconhecido. Deve, não nega, mas vai pagar quando puder. O governo não vai perder a regularidade daqui para a frente em função do que o governo Agnelo Queiroz não pagou;, avisou o secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle ; que também participou de reunião com o Ministério Público do Trabalho para resolver a questão dos terceirizados (leia mais na página 21).

Ele reconheceu que a situação no fim de semana não será favorável em virtude da paralisação dos servidores da saúde. ;Se já não é boa, fica ainda pior. Mas sábado e domingo têm um atenuante, que é o atendimento de urgência. O ideal, claro, é que não houvesse essa greve;, acrescentou. Doyle, que participou da reunião de Rollemberg com os servidores, disse que o governador esperava mais compreensão dos funcionários da saúde. ;Mas todo sindicato tem autonomia para tomar suas decisões;, reforçou. O SindiSaúde ficou de levar o reconhecimento da dívida passada para ser deliberado em assembleia na próxima segunda-feira.

Emergência
Pela manhã, em frente ao ambulatório do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), a categoria decidiu a interrupção dos serviços até que todos os direitos trabalhistas sejam honrados. Durante a greve, apenas os setores de emergência e internação continuarão funcionando. Os demais serviços, como marcação de consulta, ambulatório, centros de saúde e ambulâncias que não transportam pacientes graves, vão ficar parados. O SindSaúde garantiu, no entanto, que vai respeitar o limite de 30% do efetivo trabalhando. A votação que decretou greve geral teve representação de todas as regionais de saúde, segundo a presidente da entidade, Marli Rodrigues.

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