A forte chuva que caiu na noite desta terça-feira (16/12) trouxe vários transtornos para a região central de Brasília. Vias foram alagadas e o trânsito ficou complicado em pontos da Asa Norte e da Asa Sul. No Guará e no SUdoeste, algumas ruas também tiveram problemas. Uma tesourinha ficou totalmente alagada, na 110/111 Norte. Vários subsolos, especialmente os dos prédios mais antigos, em quadras como a 202 Norte, 111 Norte e 305 Sul transbordaram.
Na pista que passa entre o Autódromo Internacional Nelson Piquet e o Departamento de Trânsito (Detran), a altura da água fez desaparecer o asfalto. Algumas placas praticamente não podiam ser lidas. Muitos veículos tiveram que parar no acostamento. O brasiliense fez fila para estacionar no meio da rua, esperando a chuva acalmar.
Aqueles que tiveram coragem de encarar o temporal trafegaram em baixa velocidade e com o pisca-alerta ligado. Os postos de gasolina e alguns canteiros entre as vias serviram de estacionamento para quem evitou atrapalhar o fluxo. Bueiros explodiram. O trânsito no Eixão, à meia-noite, parecia com o das seis da tarde: muito intenso. A Epia Norte também ficou parada.
Na tesourinha da quadra 208 da Asa Sul a água chegou a um metro de altura, o que causou um enorme engarrafamento no local. O mesmo aconteceu no início da L2 Sul, próximo ao Setor de Embaixadas Sul e ao prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O caso mais grave, porém, ocorreu na 110/111 Norte, onde a rua ficou completamente submersa. Um homem nadou para resgatar o cone de sinalização e colocou na entrada da tesourinha, para que nenhum carro entrasse, pois estava escuro e haviam dois veículos boiando no local.
Às 21h47, o aeroporto teve que funcionar por instrumentos. Ou seja, algumas funções deixaram de acontecer. A assessoria de imprensa entrou em contato com o Correio e disse que isso não impede o pouso e a decolagem dos aviões. Porém, um leitor do jornal afirmou estar em um voo atrasado por causa da chuva.
Parte da Asa Norte ficou sem energia. No Guará, a situação foi semelhante. Na Asa Sul, bares tradicionais, cujas mesas ficam na calçada, também tiveram problemas com a água. Em um dos endereços, a chuva levou cadeiras e mesas.
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As salas dos cinemas de um shopping do Lago Sul foram alagadas e os clientes tiveram que retirados pela administração do estabelecimento. Parte da estrutura cedeu. A chapelaria do Congresso Nacional também foi invadida pela água da chuva. Um pedaço da Ponte do Bragueto, próxima ao Lago Norte, cedeu. Um buraco tomou conta da pista e atrapalhou o trânsito.