Jornal Correio Braziliense

Cidades

Rodoviários de cooperativa cruzam os braços por falta de pagamento

Eles reivindicam o pagamento do 13º salário. Diretor-geral do DFTrans diz que dívida de autarquia com a MCS é de R$ 600 mil

Os rodoviários da MCS estão de braços cruzados desde as 5h desta quinta-feira (4/12) por conta de atrasos nos pagamentos. A paralisação da cooperativa, que atende Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Guará e Estrutural, deixa um saldo de 220 funcionários em greve e 50 micro-ônibus fora de circulação.

[SAIBAMAIS]Segundo Nil Rodrigues da Silva, diretor do Sindicato dos Rodoviários, a cooperativa atrasou o pagamento do 13; salário, que deveria ter sido feito em 30 de novembro. "A empresa deve os funcionários e disse que não tem como pagar", afirmou. O diretor financeiro da MCS, Péricles Filgueiras, corroborou a afirmação e disse que falta um repasse da bilhetagem eletrônica.

Para Filgueiras, só o valor da catraca não dá para saldar as dívidas e, por isso, os coletivos continuam parados. "Tem gasto com diesel, peças, limpeza, entre outras coisas. Fizemos um acordo de pagar aos poucos, mas não supre os funcionários. O montante que o DFTrans nos deve da bilhetagem daria para acabar com essas dívidas", justificou.


O diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, afirma que o valor citado pela MCS é de R$ 600 mil. Seria um subsídio referente às passagens de deficientes e estudantes na bilhetagem eletrônica. "São dois meses de atraso. Temos feito um repasse diário, mas devemos a ele em torno de R$ 600 mil", disse.