Adriana Bernardes
postado em 29/11/2014 09:37
Antes de as luzes da ribalta iluminarem os rostos dos artistas, só a expectativa tomava conta dos espectadores. Parte das cerca de 500 pessoas da plateia estava pela primeira vez em um teatro. Para elas, era difícil imaginar o nunca antes visto. ;Achei que fosse passar (o espetáculo) num telão. Aí, começou e a atriz estava ali, sentada bem pertinho da gente. Minha mãe ficou emocionada. Imagina só, ela veio me trazer a um hospital e ficou alegre", comemora João Carlos Rolo Silva, 30 anos, autônomo.
O morador de Mato Verde, no semiárido mineiro está internado na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Ele e a mãe, Rita de Cássia, 53 anos, não arredaram o pé para assistir ao espetáculo Azul Resplendor, com Eva Wilma, que inaugurou o teatro, no último dia 25, na unidade de saúde. Para a presidente da rede, a neurocientista Lúcia Willadino Braga, o novo espaço é a realização de um sonho de mais de 30 anos. ;Talvez, pela primeira vez na história, temos um teatro dentro de um hospital com a possibilidade de pessoas deitadas numa maca, assistirem ao espetáculo;, comemora Lúcia.
Ao longo da vida, Lúcia Willadino, conhecida por desafiar os métodos tradicionais da reabilitação, esteve em mais de 70 países fazendo consultorias ou divulgando resultados de suas descobertas científicas. Em nenhum deles, soube da existência de um hospital que tivesse teatro. ;Vamos divulgar internacionalmente o que estamos fazendo e também os resultados práticos disso. No dia do espetáculo, as endorfinas liberadas permitiram a redução de analgésicos e isso é uma coisa fantástica;, conta a neurocientista.
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