Cidades

Labrador Claus é aposentado após oito anos de serviço e será adotado

Ele viverá na casa do deficiente visual que ajudou a conduzir. A partir de agora, a relação entre os dois será só de amizade

postado em 21/11/2014 07:52
Nos últimos 8 anos, Justino Bastos, 42, e o labrador Claus eram inseparáveis. ;É uma relação de amor;, diz o ex-motorista, que perdeu a visão, vítima de herpes na retina. Durante dois anos, ele se locomoveu com a ajuda de uma bengala, até que o animal chegou à casa dele. ;Foi uma alegria quando consegui o cão. Ele dá ao cego mais segurança, liberdade e autonomia para andar;, conta. A partir de hoje, a rotina do cachorro será outra. Ele se aposentou ontem e vai ser substituído por Zeus, treinado pelo Projeto Cão-Guia, do Instituto de de Integração Social e Promoção da Cidadania (Integra) para ajudar deficientes visuais.

Justino diz que Claus foi um grande parceiro:

Antes de receber o animal, Justino foi capacitado para lidar com o cachorro. ;É bem diferente andar com o cão do que somente com a bengala. O cachorro está atento e cuidando do caminho por onde vou passar, e isso torna a caminhada mais segura;, afirma.

Foram muitos os percursos que Claus fez com Justino. O cuidado do cão é reconhecido pelo dono. ;Nunca houve um incidente que a culpa fosse dele. A esperteza e a atenção dele me guiaram por muitos caminhos;, lembra. Em gratidão, Justino vai continuar cuidando do animal. ;Ele permanecerá na minha casa, com meu outro cão de estimação e, agora, com o Zeus;, diz. Para ele, essa é a maior retribuição que pode dar ao animal.



O treinamento

Para um cachorro se tornar um cão-guia é preciso muito esforço, planejamento e tempo. Ao todo são dois anos de treinamento e cerca de R$ 35 mil em investimento. O processo tem várias etapas: seleção genética de matrizes e reprodutores, nascimento assistido dos filhotes, socialização dos animais, escolha de cães para a função de guia, adaptação ao deficiente visual e, finalmente, entrega do animal ao deficiente visual. ;Esse processo é extremamente complicado e requer muito cuidado em todas as fases. Não podemos entregar um cão mal treinado que não vá suprir a necessidade do cego;, explica a coordenadora do Projeto Cão-guia, Lúcia Campos.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação