Nos últimos 8 anos, Justino Bastos, 42, e o labrador Claus eram inseparáveis. ;É uma relação de amor;, diz o ex-motorista, que perdeu a visão, vítima de herpes na retina. Durante dois anos, ele se locomoveu com a ajuda de uma bengala, até que o animal chegou à casa dele. ;Foi uma alegria quando consegui o cão. Ele dá ao cego mais segurança, liberdade e autonomia para andar;, conta. A partir de hoje, a rotina do cachorro será outra. Ele se aposentou ontem e vai ser substituído por Zeus, treinado pelo Projeto Cão-Guia, do Instituto de de Integração Social e Promoção da Cidadania (Integra) para ajudar deficientes visuais.
O treinamento
Para um cachorro se tornar um cão-guia é preciso muito esforço, planejamento e tempo. Ao todo são dois anos de treinamento e cerca de R$ 35 mil em investimento. O processo tem várias etapas: seleção genética de matrizes e reprodutores, nascimento assistido dos filhotes, socialização dos animais, escolha de cães para a função de guia, adaptação ao deficiente visual e, finalmente, entrega do animal ao deficiente visual. ;Esse processo é extremamente complicado e requer muito cuidado em todas as fases. Não podemos entregar um cão mal treinado que não vá suprir a necessidade do cego;, explica a coordenadora do Projeto Cão-guia, Lúcia Campos.
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