postado em 20/11/2014 18:27
Cerca de 47 mil passageiros entram e saem diariamente do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck ; o segundo mais movimentado do país - e, em meio à correria entre embarques e desembarques, muitas pessoas esquecem objetos pessoais no terminal de Brasília. De janeiro a setembro deste ano, mais de 2 mil itens foram deixados no local ; uma média de 232 objetos por mês ; de acordo com a Inframerica. Na lista de artigos encontrados estão produtos eróticos, dentaduras, carrinhos de bebê, bengalas e até mesmo próteses de perna. Entre 2013 e 2014, houve um aumento de 33% no número de objetos perdidos no terminal entre os meses de janeiro e setembro.
De acordo com Tiago Dantas, 34 anos, coordenador do Centro de Gerenciamento Aeroportuário (CGA), o setor de achados e perdidos consegue devolver aos donos apenas cerca de 35% dos objetos encontrados no terminal. ;No caso de objetos eróticos, já encontramos vários dentro de uma mala e avulsos também, mas poucos donos vieram buscar;, comenta.
Há 12 anos no aeroporto - quatro deles no setor de achados e perdidos - Dantas considera que muitas pessoas deixam de procurar objetos que sumiram por desconhecimento da possibilidade de devolução. ;Já chegou até nós uma carteira cheia de dinheiro, encontrada por um passageiro. Quando o dono veio buscá-la, meio desacreditado, começou a chorar quando se deu conta de que a quantia deixada ainda estava lá;, lembra.
Segundo Dantas, entretanto, também há pessoas que chegam ao setor com más intenções. ;Tem gente que vem e diz apenas que perdeu um celular, por exemplo, na tentativa de levar um objeto que não seja da pessoa. Com o tempo, ganhei experiência e percebo melhor se as pessoas falam a verdade quando dizem que perderam algo;, explica.
;Quem procura, acha;
A perda de objetos no terminal é maior durante o procedimento de Raio-X, realizado pouco antes do embarque. ;Geralmente, as pessoas estão distraídas ou apressadas e não se dão conta de que estão deixando um objeto no local;, diz Dantas. Ao longo de um mês, durante a Copa do Mundo deste ano, por exemplo, o número de itens perdidos mais que dobrou: cerca de 500.
Quando uma pessoa chega ao setor para procurar um objeto perdido, deve preencher um formulário com características especificas a fim de facilitar a busca. ;Na dúvida, não devolvemos o item solicitado;, destaca.
Dantas já se deparou com outros objetos inusitados, como bengalas. ;Imagino que alguns passageiros que aceitam o serviço de cadeira de rodas das companhias aéreas acabam esquecendo as bengalas em algum lugar;, sugere. Entre os objetos mais comuns no setor estão roupas femininas (1; lugar), joias como alianças e brincos (2; lugar) e livros (3; lugar).
No depósito do setor existem, ainda, caixas com objetos como chaves, bijuterias, relógios, aparelhos de celular, tablets, protetores de pescoço, roupas, além de uma estante com diversos livros. Para tentar devolver documentos, por exemplo, a equipe do setor também procura os donos em redes sociais, como o Facebook. ;Por meio do nome completo da pessoa, fica mais fácil de identificar;, diz.
Perdidos não achados
Os destinos dos objetos entregues ao setor são variados. Itens comuns, como roupas, ficam retidos por 30 dias em uma sala do terminal de passageiros. Após o período, são encaminhados para um depósito do aeroporto, onde ficam armazenados por mais 90 dias. Depois de três meses, se não for buscado pelo dono, o objeto é destruído, doado para instituições de caridade ou encaminhado para um órgão de assistência.
O prazo para a busca dos vibradores retidos no Achados e Perdidos já foi extrapolado, mas os responsáveis não encontraram uma destinação adequada. ;Ainda não chegamos a um consenso sobre o que fazer com esses objetos;, diz Dantas.
Malas levadas ao setor passam por vistoria e, se algo perecível for encontrado, é descartado. Já documentos como carteira de identidade, carteira de motorista, título de eleitor, certificado de reservista, entre outros, ficam retidos no setor por apenas sete dias. Depois, são encaminhados para os Correios. Por sua vez, passaportes são levados para a Polícia Federal.
Confira o TOP 10 de objetos perdidos no Aeroporto JK em 2014:
1; Roupas femininas
2; Alianças, pulseiras, anéis, colares, brincos, cintos
3; Livros, livros eletrônicos, e-books
4; Óculos de grau
5; Óculos de sol
6; Celulares
7; Roupas masculinas
8; Documentos de identidade e de veículos
9; Relógios
10; Bolsas
Números
Entre janeiro e setembro de 2013, o setor recebeu 1.563 objetos perdidos, enquanto em 2014, no mesmo período, 2.081 foram encontrados.
Como buscar
O setor de achados e perdidos do Aeroporto de Brasília fica no piso de desembarqu, eao lado da Polícia Federal e Vigiagro. Funciona entre 7h e 23h (fica fechado entre 12h e 13h e das 19h às 20h). Para entrar em contato com o setor, é possível telefonar para o 3214-6109 ou enviar e-mail para .
De acordo com Tiago Dantas, 34 anos, coordenador do Centro de Gerenciamento Aeroportuário (CGA), o setor de achados e perdidos consegue devolver aos donos apenas cerca de 35% dos objetos encontrados no terminal. ;No caso de objetos eróticos, já encontramos vários dentro de uma mala e avulsos também, mas poucos donos vieram buscar;, comenta.
Há 12 anos no aeroporto - quatro deles no setor de achados e perdidos - Dantas considera que muitas pessoas deixam de procurar objetos que sumiram por desconhecimento da possibilidade de devolução. ;Já chegou até nós uma carteira cheia de dinheiro, encontrada por um passageiro. Quando o dono veio buscá-la, meio desacreditado, começou a chorar quando se deu conta de que a quantia deixada ainda estava lá;, lembra.
Segundo Dantas, entretanto, também há pessoas que chegam ao setor com más intenções. ;Tem gente que vem e diz apenas que perdeu um celular, por exemplo, na tentativa de levar um objeto que não seja da pessoa. Com o tempo, ganhei experiência e percebo melhor se as pessoas falam a verdade quando dizem que perderam algo;, explica.
;Quem procura, acha;
A perda de objetos no terminal é maior durante o procedimento de Raio-X, realizado pouco antes do embarque. ;Geralmente, as pessoas estão distraídas ou apressadas e não se dão conta de que estão deixando um objeto no local;, diz Dantas. Ao longo de um mês, durante a Copa do Mundo deste ano, por exemplo, o número de itens perdidos mais que dobrou: cerca de 500.
Quando uma pessoa chega ao setor para procurar um objeto perdido, deve preencher um formulário com características especificas a fim de facilitar a busca. ;Na dúvida, não devolvemos o item solicitado;, destaca.
Dantas já se deparou com outros objetos inusitados, como bengalas. ;Imagino que alguns passageiros que aceitam o serviço de cadeira de rodas das companhias aéreas acabam esquecendo as bengalas em algum lugar;, sugere. Entre os objetos mais comuns no setor estão roupas femininas (1; lugar), joias como alianças e brincos (2; lugar) e livros (3; lugar).
No depósito do setor existem, ainda, caixas com objetos como chaves, bijuterias, relógios, aparelhos de celular, tablets, protetores de pescoço, roupas, além de uma estante com diversos livros. Para tentar devolver documentos, por exemplo, a equipe do setor também procura os donos em redes sociais, como o Facebook. ;Por meio do nome completo da pessoa, fica mais fácil de identificar;, diz.
Perdidos não achados
Os destinos dos objetos entregues ao setor são variados. Itens comuns, como roupas, ficam retidos por 30 dias em uma sala do terminal de passageiros. Após o período, são encaminhados para um depósito do aeroporto, onde ficam armazenados por mais 90 dias. Depois de três meses, se não for buscado pelo dono, o objeto é destruído, doado para instituições de caridade ou encaminhado para um órgão de assistência.
O prazo para a busca dos vibradores retidos no Achados e Perdidos já foi extrapolado, mas os responsáveis não encontraram uma destinação adequada. ;Ainda não chegamos a um consenso sobre o que fazer com esses objetos;, diz Dantas.
Malas levadas ao setor passam por vistoria e, se algo perecível for encontrado, é descartado. Já documentos como carteira de identidade, carteira de motorista, título de eleitor, certificado de reservista, entre outros, ficam retidos no setor por apenas sete dias. Depois, são encaminhados para os Correios. Por sua vez, passaportes são levados para a Polícia Federal.
Confira o TOP 10 de objetos perdidos no Aeroporto JK em 2014:
1; Roupas femininas
2; Alianças, pulseiras, anéis, colares, brincos, cintos
3; Livros, livros eletrônicos, e-books
4; Óculos de grau
5; Óculos de sol
6; Celulares
7; Roupas masculinas
8; Documentos de identidade e de veículos
9; Relógios
10; Bolsas
Números
Entre janeiro e setembro de 2013, o setor recebeu 1.563 objetos perdidos, enquanto em 2014, no mesmo período, 2.081 foram encontrados.
Como buscar
O setor de achados e perdidos do Aeroporto de Brasília fica no piso de desembarqu, eao lado da Polícia Federal e Vigiagro. Funciona entre 7h e 23h (fica fechado entre 12h e 13h e das 19h às 20h). Para entrar em contato com o setor, é possível telefonar para o 3214-6109 ou enviar e-mail para .