Cidades

Fãs preparam homenagens para o show do ex-beatle Paul McCartney

Cartazes, balões vermelhos e bandeiras nacionais estão entre as "surpresas" para a apresentação da megaestrela do rock

Renato Alves
postado em 20/11/2014 08:57


Além das faixas com declarações de amor, pedidos pessoais, como assinatura no corpo para uma futura tatuagem, e de camisetas oficiais dos Beatles e do seu ex-baixista, fãs de Brasília e de todo o país que compraram ingresso para ver Paul McCartney no domingo, no Mané Garrincha, preparam uma série de surpresas ; todos fazem questão de não serem tão secretas. Afinal, a intenção é de que o máximo de gente participe das ações, que prometem bater recordes em uma apresentação da megaestrela no Brasil, onde as homenagens do público se tornaram uma tradição.

Para o terceiro dos cinco shows da turnê Out There! no país em 2014, os fãs organizam ao menos cinco intervenções por meio de comunidades em redes sociais com acesso público (leia quadro). A mais manjada delas são os cartazes com a sílaba ;Na;, levantados em direção ao palco no refrão de Hey Jude. Para a balada My Valentine, balões vermelhos, como também aconteceu em outras cidades brasileiras onde o ex-beatle tocou.

A maior surpresa ficará para a parte final do concerto, quando Paul costuma fazer um intervalo, como se tivesse encerrado a apresentação, e voltar ao palco para mais uma série de hits dos Beatles, com as bandeiras britânica e do país em que se apresenta. Em Brasília, os fãs estão sendo estimulados a levar a Bandeira Nacional, em tamanho pequeno ou médio, e sem haste ; para não atrapalhar a visão de quem estiver atrás ;, com o rosto de Paul ao centro. Há um modelo em um desses grupos de fãs na internet.

Outra novidade ficará para a última parte do show, quando a lenda viva da música pop apresenta a banda que o acompanha em turnês há 12 anos. Ao ser citado, cada músico faz um solo com o seu instrumento. Fãs brasilienses decidiram levar cartazes com os nomes desses artistas, escritos individualmente, para erguê-los a cada canja.

Desde criança
Uma das idealizadoras das homenagens é a brasiliense Paola Coelho Sabino, 24 anos. Estudante de arquitetura e moradora da Asa Sul, ela teve o primeiro contato com as músicas de Paul por meio de fitas cassetes dos pais. ;Eu era muito nova, não sabia nem quem cantava aquelas músicas, mas gostava. Já adolescente, com uns 14 anos, ouvi aquelas músicas novamente e as associei aos Beatles;, conta. Apaixonada pelo quarteto de Liverpool, ela começou a colecionar tudo o que podia comprar e ganhar da banda. Guarda, além de CDs, DVDs e LPs, camisetas, quadros, garrafas, calendários e até uma moeda prensada em Liverpool com a imagem de Paul.

Mas o que Paola mais queria mesmo era ver um ex-beatle ao vivo. ;Em 2010, tive essa oportunidade, quando o Paul tocou no Morumbi, em São Paulo. Fui por causa das músicas do Beatles, mas saí de lá fãzona do Paul. A partir daí, passei a ouvir mais coisas dele, como as músicas dos Wings (banda em que ele tocou nos anos 1970);, lembra. Nesse mesmo concerto, Paola ficou impressionada com a interação do público com o artista. Principalmente na sequência de Paperback writer e A day in the life, finalizada com Give peace a chance e cantada em coro e com uma bonita homenagem que encheu o Morumbi de balões brancos.

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