Jornal Correio Braziliense

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PAS completa 18 anos: três gerações falam o que pensam sobre o certame

Segundo avaliação de professores e alunos, o exame tem dado certo e não existe razão para desistir dele

Em dezembro, o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília completa a maioridade com uma garantia do atual reitor: não será engolido pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pelo contrário, abre um novo subprograma em 2014 e comemora a parceria com a educação básica. Após 18 anos da aplicação da primeira prova, o programa conseguiu quebrar o muro que verticalizava as relações. Hoje, em vez de as escolas correrem atrás do conteúdo das provas, as decisões sobre o que será abordado em aula e na avaliação são conjuntas. O Correio ouviu três gerações do PAS para saber o que pensam sobre o certame. Embora as visões sejam diferentes, eles relatam que a experiência os ajudou a amadurecer.



No fim daquele mesmo ano, foi publicado o edital para o subprograma 1996-1998, o primeiro da história da seleção. Rafael Souza Maurmo, hoje com 33 anos, concluía a 8; série do ensino fundamental. Aluno exemplar, as notas na escola sempre eram excepcionais. Mas ele não conhecia o novo modelo de avaliação aplicado a partir de 1996 e não teve um resultado similar. Na última série do ensino médio, a ficha caiu. Estava longe da pontuação que o levaria para medicina. Nessa hora, recebeu um dos conselhos mais valiosos: ;Meu avô, engenheiro muito bem-sucedido, olhou para mim e disse: ;Não adianta fazer muitos exercícios. Você precisa fazer todos os exercícios;;, conta Rafael. Estudou mais. Só que ficou em 16;, quando só havia 15 vagas para medicina. ;Fiquei decepcionado;, lembra. Dias depois, a surpresa: passou em segunda chamada.

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