A Controladoria Geral da Secretaria de Transparência e Controle do governo do Distrito Federal realizou uma auditoria em que se levantou suspeitas de desvio de R$ 30 milhões da bilhetagem automática do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). O caso, também investigado pela Polícia Civil, envolve, segundo a denúncia, empresas fantasmas, concessionárias de transporte público e o próprio DFTrans.
As investigações tiveram início em maio, no início da gestão do atual diretor do órgão, Jair Tedeschi. "Isso é mais antigo que eu, são inconsistências observadas desde o ano passado", afirma ele. E de fato é: as irregularidades teriam ocorrido entre 2008 e 2014. "Não tem ninguém aqui de dentro envolvido. Realmente havia operadores, usuários, servidores e funcionários terceirizados envolvidos, mas já afastamos quem deveria ser afastado", assegurou.
A apuração aponta que os cartões envolvidos na suposta fraude foram usados milhares de vezes de maneira irregular. Ou seja, não teriam sido utilizados por passageiros de transporte público. Quando o crédito deles terminava, o DFTrans passava o valor para as concessionárias. O montante era, então, rateado entre os envolvidos.
Só em 2 de março, um desses cartões registrou 1.045 transações, no valor de R$ 3.135. Em 26 de março, o mesmo item foi utilizado 1.041 vezes e gastou R$ 3.123. Em 12 de agosto, 1.024 vezes, e mais R$ 2.355,20 de dinheiro público.
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