Jornal Correio Braziliense

Cidades

Homem que rendeu mulher estava 'em surto', diz segurança do Buriti

Policiais sentiram dificuldade em conversar com Robson Martins da Silva e alegaram que ele estava sob o efeito de substâncias químicas


Identificado como Robson Martins da Silva, o homem que fez mulher de refém na área central de Brasília, no começo da tarde desta terça-feira (4/11), estava em surto durante as negociações, segundo membros da segurança do Palácio do Buriti. "Ele não falava nada com nada, chamava pela família, falava que mataram a mãe, o irmão, era uma pessoa em surto", comentou o tenente coronel Souza Oliveira.

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[SAIBAMAIS]A polícia atirou e capturou Robson após sentir dificuldade nas negociações. "Foi difícil porque ele estava sob o efeito de substâncias químicas", comentou Oliveira. Robson havia tentado quebrar o vidro do Buriti, mas não conseguiu. Ao fugir em direção ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, rendeu a vítima em frente ao Tribunal de Contas do DF. Ferido após a ação da PM, com munição não-letal, Robson Martins da Silva chegou a ser levado para o Hospital de Base do Distrito Federal, mas não desceu - foi então conduzido à 5; Delegacia de Polícia.

Um negociador do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar tentava acalmar o homem, que falava em se matar e matar a vítima, a ameaçando com um facão. A refém estava no ponto de ônibus e conversava com o homem, quando, por volta de 12h40, vários policiais militares usaram armas de choque e balas de borracha para surpreender o homem. Ele resistiu, mas o grupo conseguiu imobilizar o suspeito.

A vítima, Jurema Assunção, é funcionária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e foi socorrida. O suspeito repetia frases desconexas como "mataram minha família, quero uma arma para me matar"e "quero falar com a Dilma". A Polícia Militar apura a informação de que o carro usado por Robson - ele tentou avançar com o veículo sobre o Palácio - seria um veículo roubado.

A mulher do suspeito, identificada até o momento apenas como Graziela, chegou ao local por volta de 12h20 e acompanhou a ação da polícia, desesperada.