Jornal Correio Braziliense

Cidades

Mesmo sem prioridade, Bolsa Universitária será revista na gestão Rollemberg

Mas o coordenador da equipe de transição do GDF garante que os atuais beneficiários receberão o auxílio até a conclusão da graduação

A continuidade do Programa Bolsa Universitária dependerá de análise do governo eleito para assumir o Palácio do Buriti a partir de 1; de janeiro de 2015. O projeto, alvo de auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), não faz parte da lista de prioridades da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). A equipe responsável pela transição garante, no entanto, que os beneficiários ; cerca de 240 ; não serão prejudicados e receberão o auxílio até a conclusão do curso de graduação. Conforme publicado na edição de ontem do Correio, o TCDF apontou diversas falhas no programa entre 2008 e 2011.

O relatório final dos auditores do TCDF concluiu que os objetivos do Bolsa Universitária não foram alcançados durante o período analisado. A equipe também verificou a falta de planejamento e de critérios para a seleção dos beneficiários, além da não realização de audiências públicas para discussão da eficiência e possíveis melhorias do programa. Nos primeiros quatro anos, apenas 27 alunos tinham concluído o curso de graduação pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). Depois da publicação da reportagem, o órgão informou que, até o momento, 623 bolsistas se formaram.

A desistência, entretanto, foi considerada alta pelos auditores. Dos 3,4 mil estudantes cadastrados no início do programa, cerca de 40% não seguiram adiante. A Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF) não informou o número de alunos formados. Em 2011, 1.278 bolsistas estavam cadastrados. No segundo semestre do mesmo ano, eram 902. Juntas, a FAP e a Sedest investiram cerca de R$ 21 milhões entre 2008 e 2011 e mais de R$ 48 milhões até agora.

Diante desse quadro, o coordenador-geral da equipe de transição do GDF, Hélio Doyle, disse que o grupo já tinha conhecimento dos problemas da iniciativa e, por isso, o Bolsa Universitária não fez parte do programa do novo governo. ;Sabíamos dessa situação, mas precisamos conhecer a fundo para decidir o que será feito depois. Essa não é uma prioridade nossa;, garantiu. Hélio reforçou, no entanto, que os beneficiários do projeto receberão o auxílio até o fim do curso. Assim como pretende fazer a nova gestão, o governo de Agnelo Queiroz apenas manteve os estudantes que já recebiam o benefício. Nenhum novo aluno ingressou no programa desde 2011.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .