A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou reajustes para quase todas as distribuidoras do país. Apenas cinco concessionárias ainda aplicarão aumentos até o fim do ano. A maior alta, para consumidores de cidades do interior de Roraima, chegou a 54%. Na média, as elevações ficaram entre 25% e 30%. No Distrito Federal, a Companhia Energética de Brasília (CEB) recebeu autorização para elevar a conta em 28,11%, mas, por decisão política, reajustou em 18%. O restante ficou para 2015.
E, para muitos, a conta aumentou bem mais que os 18% da média. ;Eu pagava entre R$ 98 e R$ 100. Este mês, a fatura chegou a R$ 250;, lamenta a aposentada Georgina Antônia da Silva, 65 anos, dona de um mercado de verduras em Ceilândia. ;Até este poste de luz aí, eu pagava R$ 18 e agora pago R$ 30;, conta, apontando para a iluminação pública. Conforme a CEB, a conta de Georgina pode ter mudado de faixa de consumo. Assim, ela passou a pagar mais pela taxa de iluminação pública.
A aposentada diz que não aumentou o consumo. Pelo contrário, passou a adotar medidas para reduzir o gasto com energia. ;Desligo os freezers do mercado à noite. Só a geladeira de casa fica ligada direto;, garante. Com o aumento na conta de luz, o negócio está se tornando inviável. ;Eu mantenho o comércio aberto para não ficar sem fazer nada, mas o custo é alto demais;, diz. Não fosse o dinheiro que recebe da aposentadoria, Georgina não conseguiria arcar com os R$ 400 que paga mensalmente apenas com a conta de água e luz. ;Infelizmente, não está sobrando muito para viver;, lamenta.
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