A ansiedade e o estresse se fazem presentes na rotina de muitos candidatos que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para as provas, aplicadas em 8 e 9 de novembro para 8,7 milhões de inscritos, especialistas apontam que isso tanto pode ajudar o candidato na reta final quanto trazer a ruína. A psicoterapeuta Myriam Durante afirma que 80% dos problemas de aprendizado têm relação com a tensão. ;No plano mental, quanto mais força você fizer, menos resultado terá. Quando você fica estressado, não consegue absorver todo o conteúdo estudado;, alerta.
Alunos do curso pré-vestibular do colégio, Juliana Miranda, 19 anos, e Caio Fasolak, 18, estudam cerca de 12 horas por dia. Juliana quer fazer medicina na Universidade de Brasília, e Caio, engenharia elétrica na mesma instituição. Caio afirma que se sente pressionado pelos professores, mas isso não atrapalha o rendimento. ;Não é nada excepcional. Eles sempre falam que quanto mais a prova se aproxima, mais a gente tem que se esforçar;, explica. Mesmo com o ritmo intenso, Juliana garante que não se arrepende de abdicar de alguns momentos da vida. ;Acho que vale a pena porque sempre foi uma meta. Se é o que preciso fazer para cursar medicina, então, está valendo a pena;, afirma.
Estudando há três anos para conseguir uma vaga em medicina na Universidade de Brasília, a aluna Amanda Luiza Taquary, 20 anos, abre mão de algumas atividades, mas não nega o desgaste. ;Com a reta final chegando, fica tudo muito cansativo. Dá vontade de largar tudo e sair correndo;, confessa a estudante do colégio Dínatos COC.
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