, exalta o caráter sexual dos estames. Outra pintora, Therese von Behr, também se impressiona com o formato sensual da floração: ;As flores enormes com muitos estames insinuam o propalado efeito afrodisíaco;, escreveu em A flora no Planalto Central do Brasil, coleção de aquarelas de flores do cerrado. É a flor do pequi quem abre a luxuosa brochura.
É à noite que se dá a polinização. Não é uma fertilização convencional ; não são passarinhos ou abelhinhas os responsáveis pela multiplicação das espécies. A flor do pequi escolheu um polinizador mais viril ; o morcego. Os mamíferos voadores são atraídos pelo cheiro exalado das pétalas internas da flor, como ensina Sueli Gomes. ;Em cada noite, uma a três flores ficam abertas por inflorescência quando são visitadas pelos morcegos, que fazem a polinização.;
Há um inaudito erotismo na descrição que a professora faz do encontro do morcego com a flor: ;Eles se orientam pelo olfato para localizar as flores. Buscam-nas porque há uma recompensa esperando por eles. Trata-se do néctar, que é produzido perto do ovário do gineceu. O nectário (estrutura que produz o néctar) fica na base, circundando o ovário. Quando os morcegos estão se alimentando do néctar, eles se encostam nas anteras dos estames, lambuzando principalmente as cabeças com o pólen e também se encostam na região receptiva do gineceu.;
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Alguns locais onde há pequizeiros em Brasília: Parque da Cidade, intersecção da Avenida das Nações com a Estrada Parque Aeroporto, superquadras, pista de Aeromodelismo no final da Asa Sul, Eixo Monumental, bosque próximo ao Supremo Tribunal Federal. gramado próximo à pista que sai da Epia e dá acesso ao Setor Policial Sul, Parque das Sucupiras e Sudoeste Econômico.
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