A greve dos pilotos da companhia aérea Air France, que completou ontem 11 dias, deixou vários passageiros brasileiros em situação delicada. Principalmente, os mais velhos. Só de Brasília, são 33 pessoas acima de 55 anos. A maioria começa a ficar sem medicamentos de uso diário, a validade do cartão de crédito no exterior está prestes a vencer e o dinheiro em espécie chega ao fim. No Brasil, a assessoria de imprensa da Air France dá informações apenas sobre cancelamento de voos. A responsabilidade pelos detalhes com passageiros ou relativos à paralisação dos pilotos é transferida para a sede, em Paris. Na França, porém, os agentes explicam, segundo disseram os clientes, que só se comprometem com a possibilidade de embarque a partir do dia 30.
Além disso, há um detalhe que poucos atentam na hora de contratar o seguro viagem. ;A apólice não cobre greve de companhia aérea. Ou seja, ficamos desnorteados. Não entramos totalmente em desespero porque, como as circunstâncias são inusitadas, os donos da empresa de turismo que nos trouxe conseguiram uma prorrogação do prazo (do seguro);, assinalou Katya, que é servidora da Secretaria de Saúde do DF. Ela contou que os brasileiros estão unidos. Eles têm, todos os dias, pela manhã e no início da noite, uma reunião no lobby do hotel para troca de informações.
Do total de 6 mil voos da Air France cancelados desde o início da greve dos pilotos, cerca de 50 são entre França e Brasil ; que têm como destinos Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. De acordo com o dono da empresa Cultura Viagens, Calyton Campi, que acompanha os passageiros do Distrito Federal, os problemas podem se agravar. Isso porque, como não havia reserva antecipada, pois estavam apenas de passagem pela França, quando conseguem vaga em um hotel, é para um ou dois dias. A preocupação aumenta na medida em que os seguros de viagem expiram, não se conseguem remédios, por falta de receita médica, e as promessas de embarque são constantemente adiadas.
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