Cidades

Jofran Frejat sai em busca dos votos na reta final das eleições

Cinco vezes deputado federal, o candidato aposta na experiência para tentar chegar ao poder e assumir o Palácio do Buriti

Helena Mader, Ana Maria Campos
postado em 18/09/2014 06:03

Invariavelmente, qualquer conversa com o candidato do PR ao governo acaba em um debate sobre saúde pública. O médico Jofran Frejat, 77 anos, tem uma longa experiência no setor e muitas histórias para contar. Ele é do tempo do governador Aimée Lamaison e fala como se fosse ontem sobre a passagem pela gestão de José Ornelas, em 1979. Depois, trabalhou como secretário de Saúde em duas gestões de Joaquim Roriz. Somada a cinco mandatos de deputado federal, a experiência na vida pública fez de Frejat uma personalidade conhecida no Distrito Federal, apesar da última década distante do poder.

Agora, ele tenta unir o próprio eleitorado ao de José Roberto Arruda, de quem herdou o cargo como cabeça de chapa. A fama de ser um eterno plano B na política local não incomoda Frejat. Há quatro anos, como vice de Joaquim Roriz, se tornou o segundo da chapa encabeçada por Weslian Roriz, uma neófita. ;O Lula lançou a Dilma, qual a dificuldade de Roriz lançar a esposa?;, provoca.

Quanto às dificuldades de seus aliados, Arruda, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e o presidente do PR, Valdemar Costa Neto, que cumpre pena na Papuda pelo envolvimento no mensalão do PT, Frejat diz: "Cada um responde por si".

O que motivou a sua escolha como candidato da coligação que era liderada por Arruda?
Fui deputado federal cinco vezes, secretário de Saúde quatro vezes, já fui secretário-geral do Ministério da Previdência, tenho uma vida de dedicação ao serviço público e, felizmente, com sucesso. Consegui arrumar a saúde e a Previdência. Como deputado, fui constituinte, o que foi uma experiência muito boa. Acho que isso pesou. E acho que deve ter contribuído o fato de que a questão da saúde hoje é um dos grandes temas, e meu nome é emblemático nessa área.

O senhor conversa bem com todos os setores da política do DF e foi cotado para integrar quase todas as chapas. Por que ficou no PR?
Converso bem com todo mundo, até com o PT. O Agnelo e o Filippelli chegaram a me procurar antes da campanha para que eu fosse para o PMDB. Representantes de praticamente todos os partidos estiveram na minha casa, o Rogério Rosso, o Adalberto Monteiro, gente do PSDB, mas eu dizia que não queria disputar nada. Quando o Valdemar (Costa Neto, presidente do PR) pensou em filiar o Arruda, aí os dois foram lá conversar comigo. Nessa época, o pastor Ronaldo Fonseca, que era do PR, resolveu sair atirando. Expliquei que sou amigo do Arruda há 40 anos, ele era engenheiro da Novacap e acompanhava obras na época que eu estava construindo hospitais. Eu não tenho nada a ver com isso e acho que ele foi injustiçado.

Acha que os fatos apontados na Operação Caixa de Pandora não existiram?
Eu não acompanhei, porque não me meto na vida de ninguém. Acho que quem for culpado tem que ser punido, mas, pelo que o Arruda me apresentou, ele ainda ia disputar o governo, o vídeo não foi da época, ele recebeu aquilo ali como auxílio de campanha e ele declarou. Por que não vou acreditar nele?

Não se sente incomodado de o presidente do seu partido (Valdemar Costa Neto) estar na Papuda?
Cada um responde por si. Outro dia, vieram me dizer que vão escarafunchar a minha vida a partir de agora. Mas não vão achar nada. Só se vierem me criticar por ser piauiense (risos). Não me envolvo com a vida dos outros, mas acredito no Arruda. O Valdemar me pediu para não sair do partido e eu fiquei.

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