Em debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília, na noite desta terça-feira (2/9), candidatos ao governo do Distrito Federal responderam a perguntas de jornalistas e se enfrentaram no encontro. Houve espaço tanto para exposição de propostas quanto para troca de farpas. Nas redes sociais, a hashtag #debatecorreiotvbsb virou o assunto mais comentado da capital.
O debate foi dividido em quatro blocos. O primeiro foi destinado a perguntas dos jornalistas aos candidatos por meio de sorteio. O segundo e o terceiro foram marcados por embates entre os concorrentes, que puderam questionar uns aos outros, sobre assuntos diversos, como saúde e educação. No último bloco, os participantes da corrida ao Palácio do Buriti fizeram considerações finais.
Troca de farpas marca blocos
No os candidatos trocaram acusações. Cada postulante ao governo fez perguntas a um dos concorrentes. Quem abriu a rodada de questionamentos foi Luiz Pitiman (PSDB). Em pergunta a José Roberto Arruda (PR), o tucano questionou as semelhanças entre os modelos de gestão de Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB). "Defendo um estado mais enxuto, que gaste menos com custeio e busque mais investimentos. Desejo retomar o governo interrompido (em 2009)", disse Arruda.
Rollemberg partiu para cima de Agnelo e o questionou sobre o déficit que a gestão petista deixará, que pode chegar a R$ 2,5 bilhões. "Fiz o maior investimento em execução orçamentária. Construi 6 mil km de asfalto novo e 440 km de ciclovias", defendeu Agnelo.
Já Arruda (PR) pediu que Rollemberg apresentasse propostas para combater o déficit do DF. "Vamos combater a corrupção, que consome de 15 a 20% dos recursos. Vamos criar uma central de projetos, que vai captar recursos nacionais e internacionais", respondeu Rollemberg.
Agnelo Queiroz perguntou a Toninho se ele manterá a política de creches. O candidato do PSol, no entanto, criticou o modelo utilizado atualmente. "A situação é diferente da sua propaganda e dos seus anuncios", afirmou. O petista garantiu que os dados do socialista estão desatualizados.
Em sua pergunta, Toninho do PSol afirmou que Luiz Pitiman adotará um modelo empresarial no governo. "Minha visão é a mesma do cidadão. Ele quer o resultado. Quer o médico em casa", se defendeu o tucano.
Mais provocações
Depois, , Toninho do PSol partiu para cima de Arruda ao perguntar se ele não deveria se afastar diante dos questionamentos que correm na Justiça a respeito de sua candidatura. Arruda replicou dizendo que Toninho não pode lhe dar "cartão vermelho" e que ele contará com a "fé em Deus" para seguir na disputa. Luiz Pitiman (PSDB) abriu a rodada com uma pergunta a Rodrigo Rollemberg (PSB) sobre a eleição de administradores regionais, indicados pelos governadores. Rollemberg disse que defende a eleição direta para o cargo.
Em outra rodada de perguntas, Arruda questionou Agnelo sobre as cartas entregues a beneficiários de programas habitacionais e disse que o petista não deu continuidade a projetos deixados por ele. Agnelo, em réplica, disse que a política habitacional vigente é fruto do governo do PT.
O candidato do PT acusou Rodrigo Rollemberg de não ter prestado concurso para entrar quadro de funcionários do Senado Federal. "Ele entrou pela janela". Em sua defesa, o candidato do PSB que quando entrou para o orgão, ainda não havia regra que obrigasse o concurso público - norma da Constituição de 1988.
No terceiro bloco, Agnelo disse que quem "tem de responder sobre jatinho é o PSB". A afirmação foi uma resposta a uma provocação de Rollemberg no segundo bloco, que disse que perguntou se Agnelo não teria gastos à toa já que havia cogitado comprar um avião particular em sua gestão.
Direitos de resposta
, os candidatos fizeram as considerações finais. Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg torcaram acusações e tiveram os pedidos de direito de resposta atendidos. O candidato do PSB ressaltou que entrou antes do 1988, quando a regra do concurso não existia. "Em nome da verdade, quero afirmar que apagão ético é ter vários processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ)", disparou o socialista contra Agnelo Queiroz.
O petista rebateu: "Não pensei que o candidato Rollemberg usaria esse espaço para fazer ataques mentirosos", defendeu-se Agnelo.
Jornalistas fazem primeiras perguntas
[SAIBAMAIS]Questionado sobre como seria governar com dificuldade para montar uma bancada de peso na Câmara Legislativa, Toninho do PSol respondeu que a população saberá ;separar o joio do trigo; e que terá forte participação e oportunidade de pressionar os parlamentares caso ele seja eleito. ;Tenho apresentado ideias fundamentais que só têm efetividade com participação popular, com povo organizado fazendo pressão sobre governo e sobre o parlamento. Tenho certeza que atrás de mim teremos um forte movimento social que espera por mudanças identificadas no programa que temos apresentado;, disse.
O governador do DF sobre a situação da segurança e da saúde na capital. Ele reconheceu que é preciso melhorar muito a situação dos dois temas, disse que está se ;esforçando; para garantir esse investimento. O candidato à reeleição também citou feitos de sua gestão e afirmou que o número de homicídios, por exemplo, diminuiu. ;Meu governo é conhecido como território livre do analfabetismo. Meu governo é recorde em em transplantes de rim e de córnea;, completou.
Diante dos questionamentos na Justiça sobre sua candidatura, José Roberto Arruda (PR) foi perguntado sobre as garantias de governabilidade que oferecerá, caso eleito. "Havendo trabalho e vontade política, haverá estabilidade. A Justiça vai se posicionar antes das eleições", afirmou. O candidato tucano ao governo do DF Luiz Pitiman afirmou que caso eleito usará seus mais de 30 anos de experiência na vida pública e privada para governar a capital. O candidato do PSB ao governo, Rodrigo Rollemberg disse estar contente com a aliança construída para disputar o Palácio do Buriti e ressaltou a importância da participação popular na sua possível gestão. ;Estamos muito satisfeito com a aliança. Queremos discutir esse programa e assim que vaMos governar, dialogando junto com a população;, afirmou.