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TRE mantém decisão que impede o PPS de ter candidatos a deputado distrital

A chapa proporcional foi considerada inapta por não ter a quantidade mínima de mulheres. O partido ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) manteve, na sessão extraordinária desta segunda-feira (18/8), o indeferimento do registro de 48 candidatos a deputado distrital do PPS. Na semana passada, toda a chapa proporcional local foi considerada inapta por não ter apresentado a quantidade mínima legal exigida de 30% de candidatas do sexo feminino (seriam 15 entre os 48). Da decisão, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A defesa de um grupo de postulantes do PPS entrou com embargos de declaração no TRE, que foram negados pelos desembargadores eleitorais nesta noite. Ainda que caiba recurso e os candidatos possam continuar em campanha, a situação traz um clima de instabilidade à nominata proporcional. Vários nomes da legenda foram ao julgamento e demonstraram insatisfação quanto ao que consideram uma desorganização partidária.

No início de junho deste ano, o PPS esteve à frente de uma polêmica no DF. A deputada distrital Eliana Pedrosa chegou a se lançar como candidata a vice na chapa do ex-governador José Roberto Arruda (PR), após fazer uma convenção local. O diretório nacional do partido, no entanto, foi contrário, pois o PR estava aliado à candidatura de Dilma Rousseff (PT) e o PPS tinha decidido anteriormente que faria oposição. O presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freire, decidiu intervir no diretório local. Eliana Pedrosa foi desautorizada e o PPS fechou acordo com o PSDB, do deputado federal Luiz Pitiman. A distrital hoje disputa uma vaga na Câmara dos Deputados.