Jornal Correio Braziliense

Cidades

Feira de Artesanato do Cruzeiro volta para onde começou: Praça do Artesão

Após uma década itinerante, ela será aberta todos os sábados no local de origem

Depois de quase uma década de deslocamentos constantes, a Feira de Artesanato do Cruzeiro volta ao seu local de origem: a Praça do Artesão, em frente à Feira Permanente. Com 20 artesãos e barracas de roupas para crianças e bonecas, almofadas, caixas de madeira, tapetes e outros produtos, a feira deve acontecer todos os sábados a partir deste (9/8), das 7h às 17h. Até então, ela estava itinerante. Ficou um tempo em frente a um supermercado do bairro, depois foi para dentro da Feira Permanente, onde as condições para os artesãos e visitantes eram ruins devido a presença de galinhas muito próximas.

O gerente de cultura da administração do Cruzeiro, Rafael Fernandes, demonstra satisfação em ter, finalmente, levado a Feira de Artesanato para o local feito para ela em 1995. "Nós fomos obrigados a tirá-la daqui por causa do posto policial. Na época, ficou proibido que houvesse qualquer coisa em um raio de 100m em volta dele. Hoje, já não tem mais isso. Agora, acho que a Feira só sai daqui em situações de emergência, como a chuva", explica.

Elisângela Carvalho, artesã e uma das coordenadoras da feira, conta que o grupo já sentiu a diferença no público. "Aqui, ficamos a vista de todos que estão passando. Antes, ficávamos escondidos", diz. Maria Célia de Sousa, 67, é artesã, mas não conhecia a feira. Estava indo comprar pão e encontrou no meio do caminho. "Agora, fiquei interessada em expor meu trabalho também", anima-se. Ela faz patchwork, tricô, crochê e muito mais.

Volker Steier, 33, engenheiro, e Priscila Steier, 32, bióloga, moradores do Sudoeste, já haviam visto uma ou outra barraca quado elas estavam dentro da Feira Permanente, mas garantem que, fora dela, os produtos estão mais valorizados. "Aqui, fica mais à vista de todos, chama mais atenção. Sem falar que não tinha essa música animada", conta a jovem. O casal Salim, 74, aposentado, e Sônia Barbosa, 66, residentes da Octogonal, não conheciam a feira. "Quem vai à Feira Permanente, como eu e ela sempre vamos, é pra comprar comida, nem repara em artesanato. Aqui, fica muito melhor. Tem muito mais público", opina Salim.