Cidades

Sacoleiras falam, com orgulho, sobre a rotina de vendas nas ruas do DF

Bom preço, produto com qualidade e ir aonde o comprador está. Esses requisitos são a base do sucesso das vendedoras ambulantes

Nathália Cardim
postado em 05/08/2014 06:45

Márcia Ribeiro diz que sempre foi sacoleira:
Acordar cedo, colocar a mercadoria dentro do carro e seguir para a rua a fim de vender os produtos. Essa é a rotina da vendedora independente Márcia Helena Gertrudes Ribeiro, 55 anos, e de muitas sacoleiras do Distrito Federal. Márcia conta que esta é uma profissão que exige tempo livre e muita boa vontade. Ela cruza o país inteiro em busca de mercadorias de qualidade para atender a todos os gostos e desejos dos fiéis clientes.

Segundo Márcia, a vocação para vendas surgiu quando ainda era adolescente. ;Sempre fui sacoleira. Quando me casei, meu marido pediu para eu parar de vender roupas e me dedicar a outros projetos. Após a separação, resolvi voltar para as vendas.; Surgiu a oportunidade de voltar de comercializar roupas e ela não pensou duas vezes. Hoje, Márcia trabalha somente com sapatilhas. Além da clientela consolidada, ela contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) para exercer com mais eficiência a atividade. ;O Sebrae é um grande parceiro e tem sempre apoiado a gente;, diz vendedora.

A sacoleira também vende sapatos nas portas das escolas, dos ministérios e dos prédios comerciais e empresariais de todo o DF. Para ela, o diferencial do trabalho é a qualidade da mercadoria que vende, além dos preços e formas de pagamento competitivos e da amizade que cativou ao longo dos anos com os seus clientes. ;Hoje, tenho um grupo de amizades, só com as clientes que conquistei durante os anos de trabalho. Elas começaram como compradoras, me apresentaram para outras pessoas e se tornaram grande amigas;, disse.

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