<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/07/27/439319/20140726200056326027u.jpg" alt="Paulo Tadeu foi para o TCDF e deixou o irmão Ricardo Vale na luta pelo cargo de distrital" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto">Eles são pouco conhecidos entre os eleitores, mas carregam um sobrenome famoso. Filhos, sobrinhos, irmãos ou herdeiros escolhidos tentam ocupar um espaço deixado pela aposentadoria de seus padrinhos. Abatidos pela Operação Caixa de Pandora, o deputado Benedito Domingos (PP) e os ex-distritais Leonardo Prudente e Júnior Brunelli tentam eleger um sucessor. Eles estão impedidos de concorrer nas próximas eleições, mas ainda mantêm um feudo entre antigos parceiros políticos. Por meio de seus protegidos, poderão voltar ao poder.<br /><br />Condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Benedito está inelegível pelo que determina a Lei da Ficha Limpa. Como é tradição, ele tenta deixar um legado. No caso dele, quem pretende seguir os passos de Domingos e emplacar no legislativo nacional é Bena Domingos, também filiada ao PP. Ao almejar a Câmara dos Deputados, Bena deixa aberta a disputa aos 9.479 votos recebidos por Benedito na eleição passada para a Câmara Legislativa. A tendência é que os candidatos evangélicos briguem pelo espólio no âmbito local. ;É uma honra, sendo a única mulher dos seis filhos, dar continuidade à história de mais de 40 anos da vida pública e de serviços prestados pelo meu pai;, afirma a candidata.</p><p class="texto"> <br /><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/07/27/439319/20140726200112588529i.jpg" alt="Benedito Domingos, inelegível por ser ficha suja, deixou a filha, Bena, como herdeira" /></p><p class="texto">Outros postulantes disputarão o voto evangélico. O candidato Pastor Jeremias (PSC) tenta a eleição pela primeira vez na perspectiva de conquistar, inclusive, os votos dos eleitores do cunhado, o ex-distrital Júnior Brunelli. Filmado recebendo dinheiro do delator da Pandora, Durval Barbosa, Brunelli renunciou ao mandato em 2010. Tornou-se, assim, sem condições de disputar cargos públicos. Uma legião de fiéis da Catedral da Benção, que conta com 106 igrejas no Distrito Federal e mais de 3 mil templos espalhados pelo país. ;Sou candidato para fazer uma legislatura em favor da família, que resgate princípios e valores cristãos. Independentemente de ser evangélico, quero ser um deputado para servir a todos;, diz o evangélico.<br /><br />Sobre o episódio relacionado ao cunhado, Jeremias se isenta de responsabilidade e garante que não vai tentar recuperar o trabalho feito por Brunelli. ;Não me pareço nem um pouco com ele. Tenho minha postura própria e acho que o erro de uma pessoa não pode manchar o trabalho de 50 anos da Catedral da Benção. Esse foi um problema particular de um de nossos membros, portanto vou procurar fazer o meu trabalho;, argumenta.<br /><br />Presidente da Câmara Legislativa à época das acusações que levaram à renúncia de Brunelli, Leonardo Prudente também aposta alto na transferência de seu espólio eleitoral. O escolhido foi o próprio filho, Rafael Prudente (PMDB), que se lança candidato a distrital pela primeira vez. De perfil empresarial, a família Prudente conta com um grande eleitorado entre os funcionários de suas empresas de segurança e consultoria financeira instaladas em Brasília. Assim como Brunelli, Leonardo Prudente acabou sua história na política pela porta dos fundos. Se viu obrigado a renunciar ao mandato após, junto a Brunelli, ser filmado fazendo a oração da propina e escondendo maços de dinheiro nas meias.<br /><br /><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/07/27/439319/20140726200129815622i.jpg" alt="Rafael Prudente (ao fundo, em pé) foi escolhido pelo pai, Leonardo, e apoia Arruda" /><br /><br /><strong>Berço</strong><br /><br />Nome forte na política do Distrito Federal é o de Joaquim Roriz. A cada quatro anos, um novo parente do ex-governador do DF se lança a um cargo político. Este ano, pelo menos quatro candidatos têm algum parentesco com o político, que está inelegível também pela Lei da Ficha Limpa. Entre os concorrentes estão as duas filhas, Liliane e Jaqueline. A primeira tenta a reeleição na Câmara Legislativa, enquanto Jaqueline quer continuar como deputada federal. Na lista de postulantes do clã Roriz, há ainda Paulo e Dedé, sobrinhos de Joaquim, disputando os votos para assumir uma cadeira de deputado distrital.<br /><br />A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2014/07/26/interna_cidades,136538/solidariedade-do-jiu-jitsu.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="http://www.correiobraziliense.com.br/digital/">aqui</a>.<br /><br /><em>Reportagem de Camila Costa, Matheus Teixeira, Kelly Almeida e Arthur Paganini.</em></p>