Jornal Correio Braziliense

Cidades

Dados mostram que, em seis meses, houve 454 furtos nos comércios do DF

Por ser um delito de oportunidade, polícia alerta para a desatenção de lojistas e de clientes

A segurança é o segundo maior investimento dos shoppings, atrás apenas dos gastos com energia elétrica. Mesmo assim, os centros comerciais não estão livres dos furtos. Um descuido na vigilância por parte de lojistas ou de clientes pode resultar na subtração de bens, produtos, mercadorias e objetos pessoais. Levantamento da Secretaria de Segurança Pública revela 454 ocorrências da modalidade criminosa nesses estabelecimentos nos primeiros seis meses de 2014, 10 a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. A média diária de 2014 chega a 2,5 casos por dia.

Por causa da localização dos shoppings, o Plano Piloto fica em primeiro em casos de furtos, seguido de Taguatinga e do Guará. No último domingo, um casal de chilenos foi preso ao furtar lojas de um shopping do Lago Norte (leia Memória). Entre as peças, havia sapatos, roupas e jogos de videogame. O casal foi pego pelos vigilantes após levarem 12 camisas. No hotel onde estavam hospedados, a polícia encontrou vários produtos furtados. Os suspeitos confessaram que sobrevivem no Brasil com a prática desse crime em shoppings.


No início da tarde de quinta-feira, o Iguatemi registrou outro furto. Rebeca Fernandes da Silva Gonçalves, 31 anos, levou roupas, óculos, joias, maquiagens e alianças de pelo menos cinco lojas de grife. Segundo a Polícia Civil, a acusada, que confessou o crime, se dirigia ao provador com os objetos e aproveitava a distração das vendedoras para sair da loja com as mercadorias na bolsa. Os agentes da 9; DP (Lago Norte) foram avisados da ação pelos seguranças do centro comercial que monitoravam a mulher. Acabou presa no estacionamento de um supermercado do Centro de Atividades (CA) do Lago Norte. Todos os objetos foram recuperados.

O titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRRF), Fernando César Costa, conta que a Polícia Civil prendeu diversos grupos especializados nesse crime. Segundo ele, muitos integrantes são mulheres, que levam crianças para dissimular. ;Quem comete furtos, geralmente, tem isso como meio de vida. Vemos que acontece em razão da oportunidade dada ao autor ou porque as lojas não tinham câmeras e seguranças, ou porque o cliente foi desatento;, explica.

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