Embora seja um evento com características de festa junina, O Brasil de Jackson do Pandeiro reflete o momento que a cidade está vivendo. Entre as 10 mil pessoas que estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), foi fácil ver gente usando camisa do Brasil e de outras seleções e ainda fazendo comentários sobre a dramática vitória do Brasil no sábado (28/6) sobre o Chile.
A servidora pública Glícia Anjos veio por conta do projeto, mas diz que gosta muito desse tipo de evento que está se proliferando em Brasília. "As pessoas chegam e estendem cangas umas ao lado das outras. É muito interessante essa coletividade." O fisioterapeuta francês Jean Baptiste veio para Brasilia com o amigo, também francês, que mora no Rio, Laurence Jechaux. Os dois vão assistir a partida entre França e no Mané e souberam do evento. "Já ouvi falar de Luiz Gonzaga e estou adorando a música, as pessoas alegres e o evento descontraído", relatou Jean.
As portas do CCBB foram abertas às 16h e já havia bastante gente aguardando para entrar. Às 20h30, o acesso foi fechado para não ultrapassar o limite de público (que é de 10 mil pessoas). Quem chegou primeiro, assistiu a apresentação das quadrilhas Triscô Queimô e Chamegos do Ó. Depois, dançaram com o Forró de Vitrola, comandado pelo músico brasiliense Cacai Nunes.
Às 19h30 subiram ao palco os músicos Beto Lemos e Geraldo Junior com o projeto Terreirada Cearense. Às 21h25, deu início o show principal, que reúne o cantor e compositor paraibano Chico César, os cariocas Pedro Luís e Marcos Suzano e a cantora Thaís Macedo, junto a uma banda de sete músicos.
"Tive o privilégio de ter assistido a 10 shows do Jackson", anunciou Suzano durante a apresentação. Entre os clássicos interpretados por eles, estavam Catirina, Forró do Limoeiro, Bodócongó, Cantiga do Sapo, Um a um e O canto da Ema. Ao final, os músicos se juntaram para cantar Chiclete com Banana.