Se as filas na entrada do estádio exigem paciência dos torcedores, pelo menos a chegada até os portões do Mané Garrincha tem sido a parte tranquila do trajeto. Ontem, o esquema de transporte público para a partida Colômbia e Costa do Marfim agradou à população e aos turistas, mesmo com as alterações causadas pela área de restrição comercial ; um raio de 3km em torno da arena delimitado pela Fifa. A recomendação de dar prioridade aos ônibus e ao metrô em detrimento do carro particular ganhou a adesão dos espectadores e deve se manter nos próximos duelos programados para Brasília.
É o caso da família Marcondes, que usou o Metrô para vir de Águas Claras ao Plano Piloto. ;Saímos da Estação Concessionárias e chegamos aqui sem problemas. Havia bastantes trens, pelo que percebemos pelo caminho, e o trajeto não demorou;, diz o empresário Marcondes Bé, 34 anos. Ele, os pais e os sobrinhos ; vestidos de Fuleco ; não enfrentaram superlotação, mesmo com a grande quantidade de torcedores que faziam o mesmo percurso. ;Estava cheio, mas não tanto. Nada que se compare com dias de semana e horários de pico;, destaca. Para a mãe dele, Marta Marcondes, 59 anos, o que não agradou foi a cobrança de R$ 3 pela passagem. ;Em feriados, costuma ser R$ 2. Por que neste estão cobrando R$ 3?;, questionou, indignada.
Na Rodoviária do Plano Piloto, os ônibus em direção ao Estádio Nacional saíam a cada cinco minutos, com tarifa gratuita. A eficiência do serviço surpreendeu ao advogado Ricardo Passos, 50 anos. ;Se fosse assim todos os dias, seria ótimo! Não tive problemas para embarcar nem fiquei esperando. O transporte para o jogo está funcionando;, opinou. O advogado veio com o irmão, o economista Francisco Melo, 60 anos, que também aprovou a organização do transporte. ;O problema surge quando chegamos ao estádio. Lá, as filas são enormes. Ficamos muito tempo esperando para entrarmos, no dia do jogo Suíça e Equador. Por isso, nós saímos mais cedo dessa vez;, conta.
Para quem parou o carro no Parque da Cidade, a ida até o Mané Garrincha também ocorreu sem percalços. Lá, havia 10 mil vagas disponíveis aos torcedores e veículos da TCB circulavam internamente para buscar as pessoas em cada estacionamento. Foi o que fizeram o antropólogo Helcio Marcelo de Souza, 49 anos, e a mulher, a professora Betsy Neal, 47. Eles deixaram o carro no estacionamento em frente ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães e embarcaram em um coletivo até o Estacionamento 13, ponto final da linha. ;Vale muito a pena fazer desta forma. Não tem atraso nem preocupação;, disse Souza. O itinerário interno surpreendeu o advogado Marco Antônio Rachael, 39 anos. Ele, a esposa e dois amigos colombianos contornaram o parque dentro do ônibus. ;A princípio, eu achei que daria algo errado porque o ônibus estava indo para o lado contrário do estádio. Então, percebi que ele percorreria todos os estacionamentos. Aí, vi que daria certo;, diz.
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