Os trabalhadores alegam perdas por conta da inflação registrada desde o ano passado e pedem a renegociação da data base, de maio de 2013. No total, cerca de 11 mil profissionais atuam no sistema rodoviário do DF. Atualmente, cinco empresas operam o transporte público da capital. Durante a troca das antigas 13 concessionárias, muitos motoristas e cobradores foram demitidos sem receber os valores das rescisões contratuais, o que causou dificuldades para o governo em cumprir a promessa de manter o emprego deles nas novas companhias. A saída foi a aprovação de uma lei que permitiu ao governo quitar parte dessas rescisões com recursos próprios para, assim, possibilitar a imediata contratação desses trabalhadores e a posterior cobrança às empresas. Quem não teve acesso à rescisão deverá receber a primeira parcela do benefício este mês e a segunda, em setembro.
Segundo o assessor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, João Jesus de Oliveira, um acordo chegou a ser construído com o governo. Do pedido inicial de reajuste de 32%, acumulado desde 2013, os rodoviários concordaram em reivindicar 20%. ;O GDF está ajudando nas negociações e tem se mobilizado para convencer as empresas, no entanto, elas não se manifestaram até agora. Desde o mês passado, realizamos mais de 10 reuniões para deliberar sobre o assunto e não notamos nenhuma força de vontade dos patrões em nos atender;, diz. Caso a greve seja deflagrada, ficarão comprometidas apenas as linhas que operam no Distrito Federal.
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