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Marcha pede legalização da maconha e reúne 1,4 mil pessoas na Esplanada

No Congresso Nacional, pelo menos três iniciativas tratam do assunto

Cerca de 1,4 mil pessoas participaram da marcha da maconha nesta sexta-feira (23/5) na Esplanada dos Ministérios, segundo o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran). O grupo é a favor da legalização da Cannabis sativa, planta usada na produção da maconha.



Os ativistas também comemoram avanços, como a regulamentação da produção, comercialização e uso da maconha em países como o Uruguai, considerada incentivo ao movimento no Brasil. Defendem que a legalização trará redução da violência, com o esvaziamento do tráfico e a diminuição do número de presos por crimes associados ao uso da substância.

Para defender a causa, a estudante de filosofia Cecília Borges trouxe a filha, Mirra, de cinco meses. "Eu quero que ela cresça em um mundo onde haja liberdade de escolha e não em um lugar onde o Estado impõe o que pode ou não ser feito", afirmou.

No Congresso Nacional, pelo menos três propostas tratam do assunto. Uma delas, fruto de iniciativa popular, conta com 20 mil assinaturas. A ideia é que o uso da maconha seja regulamentado, como ocorre com outras drogas, como bebidas alcoólicas e cigarro. A sugestão está na Comissão de Direitos Humanos do Senado, sob relatoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Na Câmara, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou projeto (PL 7187/2014) que prevê a descriminalização do consumo, produção e comércio da maconha. Há também o PL 7187/2014, do deputado Eurico Júnior (PV-RJ), que trata do tema.

(Com Agência Brasil)