Envolto de uma bandeira do Brasil, o caixão saiu em cortejo por volta das 10h. As filhas do arquiteto, Sônia Filgueiras e Adriana Filgueiras, acompanhadas dos dois filhos adolescentes, estavam na linha de frente do cortejo, muito emocionadas. Ao final do enterro, Adriana agradeceu aos que estiveram presentes na despedida do pai e teve uma salva de palmas de cerca de um minuto.
Para a filha Adriana, "a ética profissional é o principal legado que ele deixa". Segundo ela, o Congresso Nacional ofereceu fazer batedores para facilitar o translado do cadáver da Câmara dos Deputados até o cemitério, mas a família recusou porque "ele nunca gostou de nada luxuoso, era um homem simples".
De acordo com Adriana, apesar de carioca, a família decidiu enterrar o arquiteto em Brasília pelo reconhecimento dele ter chegado aqui em 1957, na época da construção da capital federal.
Entre os que compareceram ao cemitério estava o amigo José Fernando Marinho Minho. Para ele, Lelé cumpriu a missão como arquiteto. "Os amigos desejam que ele possam estar em um lugar do universo que ele possa estar desenvolvendo alg próximo à arquitetura que era a missão dele."
O governador em exercício, Tadeu Filippelli, também esteve presente no enterro. Segundo ele, nas próximas semanas será iniciada uma discussão da categoria dos arquitetos para prestar algum tipo de homenagem de Lelé. Além de Felipelli, o superintendente da rede Sarah de hospitais e o reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, estiveram presentes.