O servidor público de Brasília, Gustavo Araújo, de 29 anos, além de ir às bancas, também usa as redes sociais para trocar seus cromos. ;Existem grupos dos álbuns no facebook que permitem isto. Pessoas de cidades de interior que tem pouca gente colecionando ou onde não se encontram figurinhas facilmente nas bancas têm que recorrer aos Correios para trocar com pessoas de outros estados e até comprar ou vender figurinhas. Tudo combinado por Facebook.;
Apesar de usar esse canal de troca, Gustavo diz que o álbum virtual, também lançado pela Panini, não o empolgou. ;A troca de figurinhas do virtual é automático, você nem vê a cara da pessoa, não negocia, não tem muito a sensação de conquista pelas figurinhas. O físico, a gente pode guardar e mostrar futuramente para pessoas que nem nasceram ainda.;
Mesmo com a ternologia à disposição, ir à banca para comprar ou trocar figurinhas ainda é a melhor opção para os mais velhos. Na Rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro, o aposentado que se identificou como Zequinha Tricolor, de 80 anos, disse que vai ao local uma vez por semana para trocar figurinhas. Depois de completar o próprio álbum, está ajudando oito crianças da rua onde mora, em Pedra de Guaratiba, na zona leste. De acordo com ele, no bairro não há pontos de troca.
;É uma diversão, eu não bebo, não jogo, não posso mais conquistar mulher nenhuma com a idade que eu estou, então meu hobby é figurinha e ver os jogos do Fluminense, que é minha paixão. Eu venho ao centro só para isso;, conta. Ele diz que monta álbuns da Copa há 20 anos e que tem uma estratégia para não gastar muito dinheiro. ;Eu compro R$ 50 de figurinha no começo, são 250 figurinhas. Eu não colo no meu álbum e vou trocando, aí vem um amigo meu que está faltando quatro, cinco figurinhas, eu dou uma e pego quatro ou cinco. Aí chega a um certo ponto eu ligo para a Panini e elas mandam as mais difíceis. Este ano nem pedi, foi o primeiro ano que eu completo sem pedir;, comemora.