Na entrada, a marquise da edificação, inaugurada em 1970, está comprometida e pode desabar. De acordo com a Defesa Civil, as instalações elétricas estavam sobrecarregadas, com risco de curto-circuito. ;Em muitas tomadas, existiam vários aparelhos ligados. Isso representa um grande risco de incêndio;, explicou o subsecretário do órgão, Sérgio Bezerra. Já a caixa d;água, com corrosão interna, fornece água imprópria para consumo.
Desde a interdição, o acervo de livros, a gibiteca e as áreas de estudos estão inacessíveis aos usuários. De acordo com Mauro Mandele, presidente da Sociedade dos Amigos da Biblioteca Demonstrativa, o fechamento do espaço era uma tragédia anunciada. ;As autoridades nunca tiveram interesse em ajudar e recuperar o local;, comentou. Para ele, a comunidade perde muito com a decisão. ;Além do acesso a livros, a Demonstrativa desenvolvia projetos, como o tira-dúvidas, em que as pessoas se prepararam para o vestibular e para concursos públicos gratuitamente. Havia também os projetos musicais, exposições de artes, lançamento de livros e palestras. Um monte de informações eram disseminadas;, citou Mandele.
Por meio da assessoria de imprensa, a Fundação Biblioteca Nacional informou que estão em andamento os processos de recuperação, como obras nas instalações elétricas e de substituição do reservatório de água; elaboração de projeto básico para reformas e de laudo técnico de ar-condicionado para o prédio, porém os funcionários informam que técnicos da Biblioteca Nacional não estiveram no local. Nenhum projeto de recuperação ou prazos foi apresentado à direção.
(Com informações de Thiago Soares)
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