Engarrafamentos, prazos apertados e sobrecarga de tarefas. O turbilhão de preocupações no dia a dia mina a energia vital e pode inundar a mente de estresse e cansaço. Com o passar do tempo, o pensamento se habitua a esses estímulos negativos e se condiciona a repetir hábitos e vícios. Para frear o ciclo negativo, a meditação é um recurso poderoso. Uma das técnicas dessa prática é a Shamata, que significa, em hindu, permanecer sereno. O desafio é proposto pelo professor Wanderley Paris. O paranaense descobriu, em 2007, a maneira de controlar os pensamentos difusos e, hoje, ensina o caminho aos jovens. Os assinantes do Correio Braziliense terão a oportunidade de assistir à palestra exclusiva de Paris, no sábado, gratuitamente, na sede do jornal (leia Programe-se).
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A Shamata foca em apenas um pensamento, forma pela qual se interrompe o condicionamento negativo, de acordo com Wanderley. ;Trata-se de uma prática de liberdade, de não responder a esses estímulos. Assim, tudo o que vem de fora não nos afeta mais;, define. Para alcançar esse estágio, os praticantes se sentam confortavelmente, com a base da coluna apoiada, e ficam imóveis. A partir daí, iniciam um ciclo de respirações, cuja função é desacelerar a mente. Não se movimentar é ponto fundamental e indica a liberdade corporal. ;Como se a coceira na ponta do nariz não importasse mais naquele momento;, exemplifica o professor.
Ele conta que descobriu a meditação por meio da ioga. ;Antes, eu praticava apenas como atividade física, mas, conforme fui aprofundando o estudo da área, descobri que ela era uma forma de tonificar o corpo e prepará-lo para a meditação;, lembra. Em 2007, iniciado no controle mental, Wanderley descobriu uma doença rara, a fibrose retroperitoneal idiopática (leia Para saber mais). Dores lancinantes maltrataram o corpo dele, e o então professor de português e redação chegou a ser desacreditado pela equipe médica. ;Eles me mandaram para casa e me deram apenas alguns meses de sobrevida. A minha mentalidade, na época, era: ;Eu não nasci com isso e, se eu criei a doença, só eu posso me curar;.
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