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Envolvido na morte de Galdino recorre à justiça e tenta vaga para policial

G.N.A.J. está representado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Brasília, Ibaneis Rocha Barros Junior

Depois de ser reprovado no concurso da Polícia Civil na fase de avaliação de vida pregressa e investigação social, um dos envolvidos na morte do índio Galdino entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para tentar reverter a exclusão.

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G.N.A.J. está representado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Brasília, Ibaneis Rocha Barros Junior. O mandado de segurança foi protocolado esta sexta-feira (2/5)), na Quinta Vara de Fazenda Pública do TJDFT. Ele tenta anular na Justiça a decisão da PCDF de tê-lo reprovado na última etapa do concurso. Caso o juiz acate o pedido, G. poderá assumir o cargo de agente de polícia. A Polícia Civil disse que não vai comentar o caso.

[SAIBAMAIS]Na época do crime, G. tinha 17 anos. Era o único adolescente entre os suspeitos. Cumpriu medida socioeducativa de quatro meses e tem ficha limpa. Portanto, legalmente, ele não está impedido de assumir o cargo.

Relembre o caso

G.N.A.J. era o único adolescente entre os jovens que atearam fogo ao índio Galdino, na madrugada do dia 20 de abril de 1997. G. tinha 17 anos, Max Rogério Alves, 19, Tomas Oliveira Almeida, 18, e Eron Chaves Oliveira, 19. Eles se encontram no Lago Sul, por volta da 1h30. De lá, seguiram para uma lanchonete na 312 Sul.

Em seguida, foram para a 204 Sul, onde, à época, morava o padrastro de Max. Trocaram de carro e voltaram para o Lago Sul, para que Eron pegasse seu automóvel. O veículo foi deixado na 204 Sul e os jovens continuaram com o carro da mãe de Max. Quando passaram entre as quadras 703 e 704 Sul, por volta das 3h40, viram Galdino deitado na parada de ônibus.

Eles julgaram ser um mendigo. Um dos rapazes teve a ideia de dar susto no homem. Os cinco foram a um posto de combustíveis e encheram duas garrafas plásticas com álcool. Com o preço do combustível naquele tempo, a conta deu R$ 1,20. Os cinco voltaram ao local onde o índio estava deitado, jogaram o líquido inflamável e riscaram os fósforos. Uma testemunha anotou a placa do carro em que o grupo fugiu.